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Amazon (AMZO34) passa a investir em tecnologia espacial no Brasil

17 fev 2022, 14:12 - atualizado em 17 fev 2022, 14:12
Prédio da Amazon com letreiro da marca centralizado na imagem
O novo investimento da Amazon no espaço aéreo brasileiro faz parte dos planos da empresa de tornar o país um de seus principais centros tecnológicos (Imagem: Shutterstock/Sundry Photography)

Com novos investimentos no Brasil e América Latina, a Amazon Web Services (AWS) assinou um Termo de Intenção Estratégica e Cooperação com a Agência Espacial Brasileira (AEB) nesta quarta-feira (16). A nova parceria tem como objetivo incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias espaciais no país.

Através da iniciativa, a AEB e Amazon (AMZN; AMZO34) irão trabalhar juntas em programas nacionais de pesquisa e desenvolvimento espacial. A empresa de tecnologia também irá fornecer treinamentos, apoios comerciais e fundos de crédito para startups do setor.

Além disso, também será criado o Programa de Patrocínio de Dados Abertos com objetivo de estabelecer um repositório centralizado de dados espaciais. A Agência Especial Brasileira e AWS também se envolverão em discussões sobre políticas, estratégias e medidas regulatórias nacionais, em apoio aos objetivos espaciais civis, comerciais e de segurança.

A parceria pretende identificar iniciativas promissoras em tecnologia espacial que possam apoiar os objetivos de outras organizações governamentais. Com novos agentes envolvidos nessas operações, as organizações esperam promover a inovação para futuras missões relacionadas à ciência, exploração espacial e segurança nacional.

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Agência Espacial Brasileira

O interesse da Amazon pelo território brasileiro, entretanto, não surge de maneira despretensiosa. A costa atlântica norte do país é uma região considerada ideal para lançamento de satélites e foguetes, devido a sua localização apenas dois graus ao sul do Equador.

A área, conhecida como CLA (ou Janela Brasileira para o Espaço), permite que naves espaciais atinjam a velocidade necessária para entrar em órbita usando menos propelentes devido a rápida rotação da Terra próximo ao Equador. Além disso, a região também não apresenta fenômenos climáticos extremos e baixo tráfego aéreo.

Para Carlos Augusto Teixeira de Moura, presidente da Agência Espacial Brasileira, a colaboração acontece no momento ideal para o Brasil. “O acordo com a AWS é um passo importante para fomentar nossa indústria espacial, no momento em que o Brasil visa inserir-se mais fortemente no mercado espacial, como, por exemplo, no segmento de acesso ao espaço, com o espaçoporto de Alcântara”.

Esse também não é o primeiro grande investimento da Amazon nos trópicos. Em 2020, a AWS realizou investimento de R$ 1 bilhão para expandir suas centrais de dados em São Paulo – fortalecendo sua estrutura de tecnologia em toda América Latina.

No mesmo ano, o país se tornou o primeiro país do Hemisfério Ocidental a oferecer o programa de tecnologia educacional da empresa, o AWS EdStart, que apoia novos empreendimentos em educação a criarem soluções de utilizando dados em nuvem.

Estagiário
Estudante de jornalismo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Foi tradutor no Programa de Voluntários Internacionais da ONU durante dois anos. Na universidade, desenvolve pesquisas em Linguagem e História do Pensamento Social Brasileiro. Escreve sobre tecnologia, ciência, conflitos e assuntos internacionais.
renan.nunes@moneytimes.com.br
Estudante de jornalismo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Foi tradutor no Programa de Voluntários Internacionais da ONU durante dois anos. Na universidade, desenvolve pesquisas em Linguagem e História do Pensamento Social Brasileiro. Escreve sobre tecnologia, ciência, conflitos e assuntos internacionais.