Amazon adia início do marketplace no Brasil, diz BTG
A Amazon preferiu analisar o mercado mais alguns meses antes de começar a investir pesado no Brasil dentro do segmento conhecido como “marketplace”, que é quando uma plataforma permite que vários lojistas vendam suas mercadorias por ela, avalia o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (24). As empresas B2W, dona dos sites Americanas.com e Submarino, Magazine Luiza e Walmart já atuam nesta área no país.
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Segundo o banco, a gigante do varejo online está, aos poucos, deixando de vender apenas livros, e-books e o leitor Kindle, para iniciar uma plataforma que irá ofertar celulares e equipamentos eletrônicos com apenas alguns parceiros que tenham um nível mais elevado de qualidade na entrega e atendimento.
“A empresa enfrentou recentemente algumas questões relativas aos níveis de serviço em sua operação de mercado de livros no Brasil, incluindo pós-venda e logística, e com isso se tornou muito diligente na seleção dos parceiros certos (lojistas, operadores de logística e atendimento). Também está contratando mais e mais especialistas em atendimento e marketplace”, explicam os analistas Fabio Monteiro e Luiz Guanais.
O banco ressalta, contudo, que a entrada da Amazon não significa que os sites locais não poderão ter sucesso em um ambiente que já é competitivo. O BTG estima em 10 o número de empresas que genuinamente espiram se tornar grandes no segmento marketplace. “Entretanto, as perspectivas para empresas como a B2W, Mercado Livre e Magazine Luiza irão definitivamente se tornar mais desafiadoras do médio para o longo prazo”, indicam os analistas.
A recomendação é de compra para as ações da B2W (BTOW3) e Magazine Luiza (MGLU3).