Economia

Amaro Gomes assumirá Secretaria de Coordenação de Estatais, dizem fontes

27 jan 2020, 19:57 - atualizado em 27 jan 2020, 19:57
Ministério da Economia
Segundo uma das fontes, a nomeação deverá sair nos próximos dias no Diário Oficial da União (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) do Ministério da Economia será comandada pelo servidor do Banco Central Amaro Gomes, que assumirá o posto no lugar de Fernando Antônio Soares, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento direto do assunto.

Escolhido para o cargo pelo secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim Mattar, Gomes terá como tarefa preparar o terreno para privatizações enquanto a equipe econômica tenta acelerar as operações.

Segundo uma das fontes, a nomeação deverá sair nos próximos dias no Diário Oficial da União.

Formado em Ciências Contábeis pela Universidade de Brasília (UnB) e com mestrado em Contabilidade e Finanças pela Universidade de Lancaster, no Reino Unido, Gomes atuou de 2009 a 2019 como membro do International Accounting Standards Board, órgão responsável pela emissão de normas internacionais de contabilidade (IFRS).

Antes disso, ele chefiou o Departamento de Normas do Sistema Financeiro do Banco Central, após ter ingressado no quadro da autoridade monetária em 1992.

Brasília Congresso
Antes da reformulação da Esplanada no governo Jair Bolsonaro, a Sest ficava sob o guarda-chuva do Ministério do Planejamento (Imagem: Geraldo Magela/Agência Senado)

Segundo a assessoria de imprensa do BC, Gomes segue como servidor ativo.

Uma terceira fonte do Ministério da Economia pontuou que Gomes chegará ao time como uma escolha de Mattar, ferrenho defensor da venda de ativos da União.

Mattar nunca chegou a ter um relacionamento próximo com Soares, que era internamente visto como um técnico alinhado à gestão de Dyogo Oliveira, ex-ministro do Planejamento no governo Michel Temer.

Antes da reformulação da Esplanada no governo Jair Bolsonaro, a Sest ficava sob o guarda-chuva do Ministério do Planejamento, sendo a responsável pela supervisão das estatais e definição do seu papel estratégico.

Com a fusão do Planejamento com o ministério da Fazenda, sob a batuta do ministro Paulo Guedes, a diretriz única passou a ser de enxugamento do Estado.

As três fontes falaram à Reuters em condição de anonimato, uma vez que as conversas não são públicas.

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