Álvaro Dias diz que vai priorizar combate à corrupção
O candidato do Podemos à Presidência, Álvaro Dias, afirmou hoje (19) que fará do combate à corrupção o principal foco de seu governo, se eleito. Para ele, nenhum avanço é possível no Brasil sem atacar o problema. “Combater a corrupção significa fugir da armadilha da renda média para a renda alta, alcançando o patamar de país desenvolvido. É um dos itens fundamentais no processo de desenvolvimento econômico, melhoria do ambiente de negócios, das reformas necessárias para a geração de emprego”, declarou, ao participar de sabatina promovida pela revista Veja.
A revista convidou todos os candidatos com mais de 2% de intenções de votos na última pesquisa do Instituto Datafolha para participar da discussão. Ciro Gomes do PDT recusou o convite. Fernando Haddad (PT) informou hoje que tinha incompatibilidade de agenda e Jair Bolsonaro (PSL) não obteve liberação dos médicos para participar por videoconferência.
De acordo com Dias, a corrupção se apresenta de diversas formas em todas as esferas de poder. “Eu tenho insistido no rompimento com esse sistema que é causa do problema que nós enfrentamos. Esse sistema corrupto, do balcão de negócios. A fábrica de escândalos. O aparelhamento do Estado. O loteamento dos cargos. A relação desonesta entre os poderes na preservação dos privilégios das autoridades”, enumerou. Para fazer o enfrentamento desse problema, o candidato defendeu a criação de “uma espécie de tropa de elite no combate a corrupção”.
Voto facultativo
Dias acredita que os eleitores estão profundamente decepcionados com a política devido aos diversos escândalos e promessas não cumpridas. “A política no Brasil apodreceu. É preciso separar o joio do trigo e há dificuldade nessa separação. Certamente, é por isso que há desalento”, disse. Nesse contexto, ele defendeu o fim do voto obrigatório. “Eu sou favorável ao voto facultativo, porque eu defendo o direito do eleitor de sequer sair de casa se achar que não existe um candidato à altura das suas convicções e expectativas”, justificou.
Maioridade penal
O candidato também quer reduzir a idade em que jovens podem ser punidos como adultos, atualmente em 18 anos. “Especialmente para evitar que os responsáveis por crime hediondo, que são os criminosos mais perversos que temos, se utilizem de adolescentes, de menores, como para-choque para os seus crimes, já que a impunidade prevalece na adolescência”, ressaltou. Segundo ele, mais de 90% dos brasileiros querem a redução da maioridade penal. “Os exemplos que temos pelo mundo favorecem a tese”, afirmou.
Confira a entrevista na íntegra: