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Alto forno da CSN deve voltar à operação no final desta semana, dizem fontes

21 out 2019, 19:01 - atualizado em 21 out 2019, 19:07
CSN
Executivos da CSN afirmaram que o investimento na reforma seria de 200 milhões de reais e que o forno ficaria parado por 60 dias (Imagem: REUTERS/Fernando Soutello)

O alto forno 3, da usina da CSN (CSNA3) em Volta Redonda (RJ), deve voltar a operar no final de semana, informaram nesta segunda-feira duas fontes a par do assunto. O equipamento deveria ter retomado a operação no final de agosto, mas problemas na obra obrigaram a empresa a rever o cronograma em meados do mês passado.

Quando anunciou a obra no início do ano, a CSN afirmou que a reforma ampliaria a capacidade do equipamento entre 400 mil e 500 mil toneladas anuais. De acordo com a segunda fonte, a capacidade do alto forno 3 após a reforma será de cerca de 3,3 milhões de toneladas anuais.

Ao dar detalhes sobre o trabalho em maio, executivos da CSN afirmaram que o investimento na reforma seria de 200 milhões de reais e que o forno ficaria parado por 60 dias.

Representantes da companhia não comentaram o assunto.

Para fazer frente à parada do forno, a CSN recorreu a compras de placas de aço de terceiros para suprir suas necessidades de laminação. Estas compras já estavam impactando os custos da companhia desde o início do ano, quando a empresa começou a montar estoques do insumo para se preparar para a reforma.

A CSN divulga resultado de terceiro trimestre na quarta-feira, após o encerramento do pregão. Analistas, em média, estimam que a empresa vai divulgar um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 1,86 bilhão de reais para o período, segundo números da Refinitv. Isso representa uma queda de 21,7 por cento sobre o desempenho divulgado pela empresa para o período entre abril e o final de junho.

Em relatório na semana passada, analistas do Bradesco BBI estimaram que as siderúrgicas na América Latina devem divulgar resultados mais fracos no terceiro trimestre, afetadas por custos e demanda doméstica debilitada, com CSN e Gerdau sendo destaques negativos em razão de paradas de manutenção de alto fornos.

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