Arena do Pavini

Alta renda aumenta investimentos em fundos de ações e multimercados

15 nov 2017, 10:17 - atualizado em 15 nov 2017, 10:18

Por Ângelo Pavini, da Arena do Pavini

Os clientes de alta renda (private bank) das instituições têm optado pelos fundos como principal opção para suas aplicações financeiras. Em 2017, até o fim do terceiro trimestre, 46,3% dos recursos desses investidores foi para esses investimentos, com avanço de 19,8% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com as estatísticas da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o aumento foi expressivo nas participações das categorias de ações (37,5%) e multimercados (26%), o que reflete a procura por ativos de maior risco frente à queda dos juros.

Renda fixa diminui

Na sequência, aparecem os títulos de renda fixa (públicos, corporativos e bancários), com participação de 28,6% nas carteiras do private. Ainda que mantenham relevância, as aplicações dos clientes em renda fixa caíram na comparação a 2016. O movimento pode ser explicado pelo ambiente de juros menores, potencializado pela falta de lastro para alguns ativos, como os imobiliários, e a mudança regulatória das operações compromissadas, que limitou as operações desse mesmo grupo econômico e levou à queda de 41% dessa modalidade nas carteiras. As compromissadas são papeis vendidos por um período para o investidor com compromisso de recompra do banco antes do vencimento.

Renda variável sobe 33,3% no ano

As aplicações em ativos de renda variável responderam por 14,7%, com crescimento de 33,3% em 2017, até setembro, variação que superou o desempenho do Ibovespa no mesmo período (23,35%). O resultado indica significativo aporte de recursos nesses ativos no ano. As alocações em previdência aberta também cresceram 22,2%.

Aplicações em private cresceram 14,2%

Até o fim do terceiro trimestre, o volume de recursos no segmento de private banking alcançou R$ 950 bilhões. O patrimônio líquido cresceu 14,2% na comparação ao mesmo intervalo de 2016, enquanto o número de grupos econômicos atendidos no segmento cresceu 3%, chegando a 55,7 mil grupos.

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