Alta procura faz Anbima ampliar fiscalização de fundos imobiliários
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) informou nesta quarta-feira (28) que está ampliando a fiscalização de novos fundos imobiliários, além de reduzir o custo para registro de novas ofertas, principalmente em virtude dos juros baixos que, por sua vez, estimularam o aumento da demanda e um “boom” na criação de novos fundos.
“A baixa taxa de juros estimula o financiamento de imóveis, o que tem favorecido os investimentos no setor e se refletido no surgimento de novos fundos imobiliários”, explica o diretor e presidente do Comitê de Produtos Imobiliários da Associação, Reinaldo Lacerda.
De janeiro a maio deste ano, a quantidade de novos fundos mais que dobrou: 17 novos imobiliários chegaram ao mercado (nove já estão registrados na base de dados da Anbima e oito estão em análise). No mesmo período de 2017, foram sete novos fundos.
“Ampliaremos a fiscalização dos fundos imobiliários para garantir que eles sejam ofertados de forma adequada. Focamos no processo de distribuição dos produtos, como o material de venda, o suitability (análise de perfil do investidor) e a qualificação mínima do investidor para entrar nos fundos”, explica o superintendente de Supervisão de Mercados da ANBIMA, Guilherme Benaderet.
Os fundos imobiliários integram o convênio com a CVM para o registro de ofertas públicas, que prevê a análise, por parte da Associação, de toda a documentação enviada pela instituição emissora antes de os papéis irem para a autarquia.
A análise prévia pode diminuir o prazo de aprovação de um novo fundo em até 46 dias. “Para que o mercado possa usufruir dessa redução e estimular que mais instituições utilizem o convênio, reduzimos em quase 50% a taxa de análise desses fundos na Anbima”, acrescenta Guilherme.