Alta dos preços em alimentação deve continuar, diz Western Asset
Questões climáticas, efeitos do dólar e ‘’ciclo do boi gordo’’ trazem projeção de alta dos preços no setor alimentício para outubro, alertou Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset no Giro do Mercado desta quarta-feira (9).
Mais cedo o IBGE divulgou que o IPCA avançou 0,44% em setembro — apontando para uma aceleração em relação à queda de 0,02% apurada em agosto. O grupo de alimentação e bebidas (0,50%), que subiu depois de dois meses consecutivos de quedas, foi um dos destaques.
Lima explicou que a questão hídrica também afeta os preços, devido a uma expectativa de bandeira vermelha dois para outubro.
O economista enfatiza que entender como o efeito da inflação mais alta na margem afeta as perspectivas no médio prazo são essenciais, dado que as indexações podem afetar o salário mínimo. ‘’Esses são os efeitos secundários que o Banco Central vai ter que monitorar e combater’’, disse Lima.
Para o economista, na renda fixa pode ser o momento de ter mais investimentos com vencimentos mais longos.
Já na bolsa, o especialista explica que empresas que estão mais ligadas ao cenário doméstico sofrem mais com taxas de juros altas, fazendo com que o risco seja maior do que na renda fixa. ‘’Os retornos que você tem em títulos de renda fixa me parecem melhores do que os retornos esperados na bolsa’’, diz.
