Alta na Ceagesp vai para o segundo mês inflacionada pela seca e calor de 40º
Os preços praticados no maior entreposto brasileiro de produtos perecíveis dão uma mostra do custo da seca e das altas temperaturas no bolso dos consumidores. Outubro carrega as elevações verificadas em todos os grupos comercializados pela Ceagesp em setembro, 3,2%.
E não deve ser diferente ao longo do mês, senão de preços mais salgados ainda com as temperaturas próximas dos 40º – mesmo que alguma possibilidade de chuvas se concretize por aí – certamente impondo reflexo na inflação novamente.
Leva-se em consideração também que a abertura de bares e restaurantes ainda está para dar mais pressão na disponibilidade dos produtos, apesar da queda de renda da população, desemprego e auxílio emergencial em cotas menores (R$ 300)
As verduras saltaram 9,22% e os legumes 4,98%, entre os subsetores mais demandados pelo varejo, comerciantes de restaurantes e bares e até mesmo a população que também tem acesso aos atacadistas. Rúcula, por exemplo, subiu 16%.
Alface, a folha mais procurada, não figura na lista.
Pepinos e berinjelas foram os que mais sentiram as ofertas mais firmes dos produtores de legumes.
Nas frutas, o valor médio praticado no mês passado foi 1,78% acima, sendo que das duas mais consumidas, a laranja lima aumentou 32,2% e a banana nanica mais 25,4%.
De acordo com o levantamento da central de abastecimento, divulgado nesta terça (6), os pescados tiveram alta de 6,23%, porém com peso menor em volume de procura pelos compradores.
Entre o grupo diversos (+0,91%), a batata lavada ficou 12,3% mais cara, sendo a leguminosa a mais consumida.