Economia

Alta dos juros significa que dívida não pode ser ignorada, diz chefe do BC francês

10 maio 2022, 13:54 - atualizado em 10 maio 2022, 13:54
François Villeroy de Galhau
A França poderia reduzir a dívida para menos de 100% do PIB em uma década se limitasse o crescimento dos gastos a 0,5% ao ano (Imagem: REUTERS/Pascal Rossignol)

Taxas de juros mais altas tornam ainda mais importante que os níveis de dívida governamental pós-pandemia sejam levados a patamares mais sustentáveis, disse o chefe do banco central francês, François Villeroy de Galhau, nesta terça-feira.

A França fez empréstimos pesados para estabilizar sua economia ​​durante a pandemia, o que empurrou a dívida pública de pouco menos de 100% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 para quase 113% no ano passado.

“Nosso conselho de diretores fará o que for necessário para cumprir nosso mandato primário de estabilidade de preços, não tenha dúvidas sobre isso”, afirmou Villeroy, que também faz parte do conselho do Banco Central Europeu.

“Portanto, é ainda mais importante que as autoridades orçamentárias garantam a sustentabilidade da dívida à medida que as taxas de juros aumentam”, acrescentou.

O banco central francês estima que cada aumento de 1 ponto percentual nas taxas de juros ao longo do tempo eleva os custos anuais do serviço da dívida do país em 40 bilhões de euros (42 bilhões de dólares), quase o mesmo valor do orçamento de defesa.

A França poderia reduzir a dívida para menos de 100% do PIB em uma década se limitasse o crescimento dos gastos a 0,5% ao ano, metade dos mais de 1% observados em média na década anterior.

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