Alta dos juros significa que dívida não pode ser ignorada, diz chefe do BC francês
Taxas de juros mais altas tornam ainda mais importante que os níveis de dívida governamental pós-pandemia sejam levados a patamares mais sustentáveis, disse o chefe do banco central francês, François Villeroy de Galhau, nesta terça-feira.
A França fez empréstimos pesados para estabilizar sua economia durante a pandemia, o que empurrou a dívida pública de pouco menos de 100% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 para quase 113% no ano passado.
“Nosso conselho de diretores fará o que for necessário para cumprir nosso mandato primário de estabilidade de preços, não tenha dúvidas sobre isso”, afirmou Villeroy, que também faz parte do conselho do Banco Central Europeu.
“Portanto, é ainda mais importante que as autoridades orçamentárias garantam a sustentabilidade da dívida à medida que as taxas de juros aumentam”, acrescentou.
O banco central francês estima que cada aumento de 1 ponto percentual nas taxas de juros ao longo do tempo eleva os custos anuais do serviço da dívida do país em 40 bilhões de euros (42 bilhões de dólares), quase o mesmo valor do orçamento de defesa.
A França poderia reduzir a dívida para menos de 100% do PIB em uma década se limitasse o crescimento dos gastos a 0,5% ao ano, metade dos mais de 1% observados em média na década anterior.
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