Alta dos combustíveis ainda não está embutida na próxima decisão do Copom
A inflação tem se mostrado mais persistente do que se imaginava e um dos principais vilões ao bolso dos brasileiros é a alta dos combustíveis.
E justamente para combater o descontrole de preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne a cada 45 dias para definir os rumos da taxa Selic.
A próxima decisão do Copom acontece nesta quarta-feira (16), após o fechamento mercado.
Uma das perguntas a se fazer é se o mais recente reajuste de preços dos combustíveis feito pela Petrobras (PETR4) já está embutido na elevação da taxa básica de juros.
“Apesar das tensões, a disparada de preços dos combustíveis ainda não está contemplada na decisão do Copom sobre a Selic nesta quarta, por ser bastante recente o reajuste da Petrobras nas refinarias. A maioria do mercado ainda espera uma elevação de 1 ponto percentual”, salienta Luiz Carlos Corrêa, sócio da Nexgen Capital.
O especialista explica que a visão de Selic a 12,25% no fim do ciclo de alta juros ainda é esperada pela maior parte dos economistas, embora haja algumas casas de análises precificando uma taxa básica de juros superior a 13% em 2022.
Ganhe dinheiro com a alta dos combustíveis
Quem nunca ouviu o ditado: se não pode com o inimigo, junte-se a ele.
Se por um lado os preços dos combustíveis não dão trégua na bomba dos postos de abastecimento, fermentando cada vez mais a inflação e apertando o orçamento, por outro é possível descolar uma grana da situação.
Na renda fixa, os títulos públicos atrelados à inflação estão há meses bastante atrativos e são uma alternativa interessante ao investidor no curto prazo, explica o sócio da Nexgen.
“Além da gasolina, a alta de preços das commodities agrícolas devem segurar o IPCA em patamar mais elevado no Brasil. Embora o consenso espere uma inflação em torno de 5,2% neste ano, já têm analistas que falem em IPCA a 6,5% neste ano”, afirma Corrêa.
Os títulos conhecidos como Tesouro IPCA+, que são negociados no Tesouro Direto, conferem ganhos reais a investidores acima da inflação e são a principal recomendação dos especialistas nesse momento.
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