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Alta do etanol na bomba e usina é ancorada nas margens maiores da gasolina, ainda que defasada

06 fev 2021, 12:50 - atualizado em 06 fev 2021, 12:57
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Gasolina tem valores médios de reajustes mais elevados que o etanol na bomba (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O preço médio da gasolina para o consumidor cresceu 1,8% nesta semana e o do etanol hidratado 1,58%. Foi a sétima semana consecutiva de alta desses dois combustíveis, apontada pela reguladora ANP.

A gasolina alcançou a base de R$ 4,769 e o hidratado R$ 3,289.

A gasolina vem subindo mais na bomba que o biocombustível, refletindo os dois aumentos de janeiro na refinaria (5%, em 27 de janeiro, o último). Mesmo com altas cadenciadas, já que o mercado acusa a Petrobras (PETR3; PETR4) de não estar repassando os reajustes cheios do petróleo, que, por sinal, está buscando os US$ 60/barril (subiu 0,95% na sexta, a US$ 59,56).

É desse quadro que etanol para os veículos flex consegue fôlego para encontrar mais preços também na usina, inclusive na sétima semana consecutiva de aumento. Na sexta, fechou os cinco dias úteis em mais 0,23%, subindo para R$ 2,1321, pelo levantamento do Cepea/Esalq.

Outro fator concorrente para elevação dos valores nas firmas produtoras é a entressafra, no caso da cana especificamente. O manejo dos estoques impõe remarcações para as distribuidoras.

Na sexta, o presidente Jair Bolsonaro e a Petrobras anunciaram uma nova política de reajustes. E também que deverá ser enviado um projeto de lei ao Congresso que altere o ICMS (imposto estadual). Mas especificamente sobre o diesel, alvo de ataques dos caminhoneiros.