Alta expressiva do dólar tende a provocar revisão em planos de investimentos das empresas, diz economista da Nomad
A alta do dólar tende a provocar mais inflação, levar a novos aumentos nos juros e trazer como consequência revisões nos planos de investimentos das empresas brasileiras, disse Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad no Giro do Mercado desta terça-feira (17).
Nesta tarde, o dólar, acentuando a tendência vista nas últimas semanas, atingiu o patamar de R$ 6,20 (+1,87%) — a maior cotação intradia desde a criação do real, em 1994.
Segundo Igliori, a desvalorização frente ao real causa um impacto inflacionário significativo, que tende a se intensificar conforme o tempo. “Isso deve provocar uma revisão nos planos de investimentos do setor privado, levando a um contexto econômico similar ao de 2015 e 2016, com risco de recessão”, diz o economista.
Já em relação à reunião do Fed (Federal Reserve) – que começou hoje e terminará amanhã -, o economista aponta que apesar da expectativa do mercado de um corte de 0,25 ponto percentual nos juros básicos dos Estados Unidos, ainda restam dúvidas sobre e continuidade do ciclo de cortes em 2025.
“As políticas do presidente eleito Donald Trump devem provocar aumento da inflação por lá, e isso será um componente a mais de incerteza para a economia global”, diz o economista da Nomad.