Açúcar

Alta do dólar tira preços dos futuros das commodities agro e trava negócios internos

12 ago 2019, 17:44 - atualizado em 12 ago 2019, 18:22
Alta do dólar impactou mercados futuros e mercado interno (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A alta do dólar com o mau humor externo foi a variável mais sentida no movimento das commodities agrícolas. Umas diretamente, com o impacto já visto nos preços futuros, em outras afetando o volume de negócios, e sem aproveitamento do fator cambial favorável na troca por reais.

A recorrente disputa entre Estados Unidos e China, acrescida da turbulência em Hong Kong e da  crise da moeda argentina após as primárias presidenciais dando vitória à oposição contra o presidente Maurício Macri, trouxeram a divisa americana para mais perto dos R$ 4,00, em valorização de 1%.

Em Nova York, o açúcar fechou em queda de 30 pontos, a 11.56 c/lp, com os mercados vendidos. Sob fundamentos fracos que sustentassem a commodity, o peso cambial, que costuma ser moderado no açúcar, acabou sendo a novidade desta segunda (12), na avaliação de Maurício Muruci, da Safras & Mercados.

A soja viveu um dia fraco em Chicago, sem movimento, e mesmo com USDA divulgando números menores para a oleaginosa, a commodity perdeu 12 pontos. Pesou também a baixa demanda. De todo modo, somando o mercado externo ao câmbio mais alto no Brasil, o consultor Vlamir Brandalize viu também o movimento doméstico retraído, sem vendas.

Já o milho sofreu perda de 25 pontos por conta com o Departamento de Agricultura americano soltando relatório com maior produtividade do que se previa.

Caso semelhante ao da soja viveu o café, segundo Marcus Magalhães, da Marus Corretora. O mercado interno ficou parado, “observando o câmbio”. A bolsa de futuros em Nova York sentiu diretamente nas cotações, também de acordo com o analista e trader.

O café, como açúcar, também está prejudicado por fundamentos fracos, entre os quais o pouco interesse dos compradores, influindo numa demanda baixa.

Os dois contratos mais próximos, setembro e dezembro, perderam de 3,55 a 3,40 pontos.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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