Alta de preços desacelera no Japão em março e provoca temores de deflação
O núcleo da inflação ao consumidor do Japão enfraqueceu em março pelo segundo mês seguido, destacando os temores de que a queda nos custos do petróleo e a redução do consumo por causa do coronavírus levem o país de volta à deflação.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pouco antes do início na segunda-feira da reunião de política monetária do Banco do Japão. Fontes disseram à Reuters que o banco central vai cortar com força suas estimativas de crescimento e adotar mais medidas para aliviar o aperto de financiamento às empresas afetadas pela pandemia.
O núcleo do índice de preços ao consumidor, que inclui produtos de petróleo mas exclui os voláteis preços dos alimentos frescos, subiu 0,4% no ano até março, mostraram dados do governo, igualando a expectativa do mercado. Em fevereiro, o índice havia avançado 0,6%.
O Japão sofreu quase duas décadas de deflação –ou períodos sustentados de declínios de preços –até 2013, quando a economia ressurgiu graças em parte às políticas de estímulo do primeiro-ministro Shinzo Abe.