Alta de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA fará Fed repensar subida de juros?
Os Estados Unidos enfrentam neste início de ano uma disparada nos pedidos semanais de auxílio-desemprego, ao passo que a variante ômicron pressiona o mercado de trabalho da maior economia do planeta.
Os números mais recentes divulgados nesta quinta-feira (20) somam 286 mil solicitações, bem acima dos 220 mil que eram esperados pelos economistas.
Um dos possíveis desdobramentos que os investidores já começariam a precificar esbarra na decisão do Federal Reserve (Fed) em elevar a taxa de juros em março.
Especula-se que o banco central dos EUA repensaria os planos de sua política monetária para conter a inflação, que fechou no patamar recorde de 7% no ano passado.
Na avaliação de Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, não há espaço para uma mudança de planos por parte do Fed.
“Acredito que não há chances para mudanças em relação a alta de juros nos EUA em março, que já está bem encaminhada. Até o Banco Central Europeu reforçou nesta quinta que, em caso de pressão inflacionária, deve mudar sua política de juros negativos”, afirma ao Money Times.
Cruz explica que seria necessário um cenário bastante atípico no mercado de trabalho dos EUA para segurar a alta juros contratada em março.