Economia

Alta de juros de 0,5 ponto do Fed é aposta após inflação elevada

10 fev 2022, 13:55 - atualizado em 10 fev 2022, 13:55
O salto dos preços ao consumidor nos EUA em janeiro foi maior que o esperado, afetando a renda dos americanos (Imagem: REUTERS/Joshua Roberts/File Photo)

Os mercados de curtíssimo prazo agora projetam um ritmo mais rápido de aumento de juros nos EUA, após a divulgação de inflação acima do esperado.

Os contratos precificaram brevemente uma alta de 0,5 ponto percentual no próximo mês, como uma chance de mais de uma em duas, precificando aumento de 1 ponto percentual no total até o final de julho.

Essa elevação de 1 ponto percentual até julho equivale a acréscimos de 0,25 ponto em cada uma das próximas quatro reuniões de política monetária.

O mercado chegou a precificar brevemente seis acréscimos de 0,25 ponto percentual até o final do ano. O rendimento do título com prazo de 10 anos, referência do mercado, disparou após a divulgação do relatório de inflação, ficando a apenas 0,02 ponto percentual de distância da barreira psicológica de 2%.

O salto dos preços ao consumidor nos EUA em janeiro foi maior que o esperado, afetando a renda dos americanos. A inflação é a maior desde 1982 e o banco central (Federal Reserve) se prepara para subir a taxa básica de juros.

O índice de preços ao consumidor acumula alta de 7,5% nos 12 meses até janeiro, após avanço de 7% em dezembro, segundo dados publicados pelo Departamento do Trabalho dos EUA nesta quinta-feira. Na comparação mensal, o indicador subiu 0,6%, refletindo alta disseminada de preços, principalmente de alimentos, eletricidade e habitação.

Representantes do Fed fizeram diversos posicionamentos na quarta-feira. O responsável pelo escritório regional do banco central em Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que os dados vão determinar se é apropriado subir os juros em 0,25 ou 0,50 ponto percentual.

Ele acrescentou que está inclinado a defender quatro aumentos de juros este ano. A colega dele no Fed de Cleveland, Loretta Mester, revelou ser menos favorável a um movimento de grandes proporções, mas que concorda com um aperto no mês que vem. Sua colega do Fed de São Francisco, Mary Daly, deu o mesmo recado.

O Fed baixou o teto do intervalo da meta para a taxa básica de juros para o menor nível histórico de 0,25% no início da pandemia, em 2020. A taxa se mantém inalterada desde então, como forma de estimular a recuperação econômica.

Após meses repetindo que os aumentos dos preços ao consumidor eram transitórios, o presidente do Fed, Jerome Powell, deixou a porta aberta para altas de juros em todas as reuniões do comitê de política monetária.

Em entrevista coletiva após o último encontro, ele não descartou a possibilidade de elevação de 0,50 ponto percentual.

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bloomberg@moneytimes.com.br
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