Alta de 35% das ações e mais quatro motivos para comprar Banco Pan agora
O Bradesco BBI iniciou a cobertura de ações do Banco Pan (BPAN4) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 26 para 2022, o que implica potencial de alta de 35%.
Segundo a corretora, quatro são os motivos que sustentam a avaliação positiva do papel:
- a leitura positiva do ecossistema que vem construindo, tanto do ponto de vista do produto quanto do cliente, enquanto o banco já é lucrativo;
- um mercado endereçável relevante (138 milhões de clientes e R$ 1,2 trilhão em empréstimos) para uma população carente;
- crescimento expressivo do número de clientes (+ 40mil / dia no 2T21) aliado a uma oferta de produtos adequada à sua base de clientes;
- expectativa de crescimento de lucro acima da média (taxa de crescimento médio anual ponderado (CAGR) no período de 2021-2023 de 35%, vs. 10%, em média, para os outros bancos;
“Pan está desenvolvendo seu ecossistema para um nicho de clientes nas classes sociais C, D e E, que é um mercado relevante endereçável que representa 85,6% da população ( 138 milhões de pessoas). Além disso, destacamos que o banco já atingiu 12,5 milhões de clientes em junho de 2021”, argumentam os analistas Gustavo Schroden, Otavio Tanganelli e Eric Ito.
O trio afirma que o banco está com uma taxa impressionante de 40 mil clientes por dia.
Com esse crescimento, o banco deve superar os 20 milhões de clientes no próximo ano, “o que, aliado a uma ampla gama de produtos e serviços financeiros, pode permitir monetizar uma base de clientes tão grande”.
Risco para ficar de olho
Apesar do otimismo dos analistas, eles alertam para alguns riscos, como:
- monetização da base de clientes do Pan e concorrência de bancos digitais;
- deterioração da qualidade dos ativos à medida que o nicho do banco está mais exposto aos ciclos econômicos;
- riscos de execução de sua expansão para o negócio de adquirência;
- atividade econômica mais fraca que pode interromper o crescimento.
Por volta das 14h56, as ações do Banco Pan subiam 1,46%, a R$ 19,48. No ano, os papéis do banco acumulam alta de cerca de 45%.