Alta das Treasuries, indicadores inflacionários e mais: O que mexe com a renda fixa nesta semana?
A semana passada foi de operações mistas na renda fixa. Enquanto a curva de juros encerrou os dias úteis em estabilidade nos vértices curtos, o restante teve uma elevação relevante.
O que causou este aumento na inclinação da curva, segundo relatório do time da XP Investimentos, foi, principalmente, o movimento de alta dos títulos públicos nos Estados Unidos, que, por sua vez, refletiu o tom mais conservador do mercado nas apostas para o corte nos juros, após falas do diretor do Federal Reserve, Christopher Waller.
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Já no crédito privado, as analistas da XP apontam queda nos spreads. Segundo os dados, no dia 18 de janeiro, o índice Idex-DI fechou em 2,10%, ante os 2,16% da última semana. O fluxo médio diário de negociações no mercado secundário em debêntures não incentivadas foi de R$ 838 milhões, R$ 561 milhões em debêntures incentivadas, R$ 161 milhões em CRIs e R$ 278 milhões em CRAs.
O que mexe com a renda fixa essa semana?
A semana começa com a agenda de indicadores esvaziada. O destaque fica por conta do Relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central. Os economistas voltaram a reduzir as projeções da inflação para 2024 e as apostas, agora, são de 3,86%, ante os 3,87% registrados na semana anterior. Para 2025, a projeção permanece em 3,50%.
Mas a temperatura esquenta na sexta-feira (26), quando sai o Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), indicador inflacionário preferido do Fed. Além disso, também sai a prévia do Índice de preços ao Consumidor Amplo, o IPCA-15, por aqui.
Nesta semana, também diversos países divulgam suas decisões de política monetária.
*Com Juliana Américo