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Alta da inflação abre 3 oportunidades, diz gestor do Nau Capital; veja apostas

10 nov 2021, 17:17 - atualizado em 10 nov 2021, 20:10
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(Imagem: Pixabay/ DS 30)

A inflação medida pelo IPCA novamente surpreendeu analistas nesta quarta-feira (10), com a alta de 1,25% em outubro, e reforçou a percepção de que é recomendável procurar proteção contra o avanço dos preços.

Quem já está por dentro dessa dinâmica é o fundador do Nau Capital, multi-family office com R$ 1,7 bilhão em recursos sob gestão, Evandro Bertho.

“Abrem-se oportunidades com a alta da inflação e dos juros”, disse em entrevista ao Money Times. Bertho cita os ativos pré-fixados, pós-fixados e aqueles atrelados à inflação.

Segundo o gestor, os Títulos Públicos pré-fixados podem render ganhos, mas é um ativo que ele recomenda apenas aos investidores profissionais e direcionando uma pequena exposição.

“Há um nível de volatilidade no pré-fixado, que pode ser acessado em negociações de curto prazo e pode ser carregado a longo prazo para fins que satisfaça o cliente”, comenta. “Mas se a inflação sobe, pode ser que esse ativo te entregue um retorno real inferior”.

Bertho diz que uma opção interessante pós-fixada são os Títulos Tesouro Selic (LFT), já que o ativo remunera próximo a Selic – que deve chegar a dois dígitos até o próximo ano, segundo projeção de analistas. “O risco de crédito é baixíssimo, a liquidez é imediata e tem baixíssima volatilidade”.

O Tesouro também oferecer o Título IPCA+, que paga uma taxa mais a alta de preços, mas o gestor destacou como preferência ativos isentos, como as debêntures e os CRAs. Ambos acompanham o índice oficial de inflação, mas proporcionam isenção de imposto de renda — como as novas emissões de Hapvida e, no mercado secundário, os CRAs de BRF, cita.

Evandro Bertho, que tem MBA em Finanças pelo IBMEC, é um dos sócios da Nau Capital. (Arquivo pessoal).

Por que a inflação

A lógica de investir em ativos que acompanham a inflação passa pela percepção de deterioração das contas públicas. As expectativas fiscais tendem a impactar na cotação do dólar, que por sua vez tem um efeito em cadeia nos custos.

Outubro, por exemplo, o resultado do IPCA foi marcado novamente pela pressão dos preços da categoria “transportes”, com alta de 2,62% — os maiores responsáveis por isso foram os combustíveis, cujos custos subiram 3,21%.

Antes mesmo de a taxa chegar a 10,67% em 12 meses, o Money Times contou que as recomendações dos especialistas estavam direcionadas aos ativos atrelados ao IPCA — incluindo também CDBs, LCIs e LCAs.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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