Alpargatas: proposta de unificar ações beneficia o controlador, diz Itaú BBA
A Alpargatas, dona da marca Havaianas, anunciou a sua intenção de entrar no Novo Mercado, o mais alto nível de governança corporativa disponível na B3. À primeira vista a notícia é vista como positiva aos investidores, mas a relação de troca entre as ações ordinárias e preferenciais, cujo objetivo é unificar as duas classes, foi considerada “cara” pelo Itaú BBA.
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“Embora a melhoria da governança seja positiva, o prêmio sobre as ações ON incorporadas no índice de conversão proposto (1,3 preferencial para 1 ordinária) pode ser visto como excessivo”, explica o analista Tiago Binsfeld em um relatório. O banco entende que a proposta feita pelo controlador “parece cara”.
As ações (ALPA4), que subiram mais de 20% em 2017, devem enfrentar volatilidade nas próximas semanas, avalia o banco, “à medida que tivermos mais clareza sobre a reunião extraordinária de acionistas e sobre o posicionamento dos acionistas minoritários”, ressalta o Itaú BBA. Os papéis ordinários dispararam até 40% nas últimas três sessões.
A recomendação de outperform (desempenho acima da média do mercado) foi reiterada, com um preço-alvo de R$ 15,50, um potencial de valorização de aproximadamente 28%.
Segundo a empresa, a mudança para o Novo Mercado trará cinco principais benefícios:
1 – melhores práticas de governança corporativa;
2 – direito de voto a todos os acionistas;
3 – aos acionistas não-controladores o direito de venda conjunta de suas ações pelo mesmo preço pago aos acionistas controladores em caso de alienação de controle a terceiros (tag along integral)
4 – um acesso mais amplo da Companhia ao mercado de capitais, e
5 – potencial de maior liquidez de suas ações.
Veja o comunicado enviado ao mercado pela companhia: