Alpargatas (ALPA4): Ações tomam chinelada, após balanço ruim; mas elas merecem?
A Alpargatas (ALPA4) divulgou na noite de ontem (10) seus resultados referentes ao 4T22. Já tínhamos em nossas projeções um resultado fraco para o trimestre em função dos gargalos de crescimento enfrentados pela companhia. Contudo, os números ainda vieram aquém das nossas expectativas.
A Rothy’s, empresa americana de calçados sustentáveis adquirida no último ano pela Alpargatas, alcançou uma receita líquida de US$ 54 milhões no trimestre, alta de 10% na comparação anual.
Sinalização positiva e crescimento sequencial, apesar de ainda incipiente. Por outro lado, a companhia ainda segue entregando Ebitda negativo — mas melhorando US$ 2 milhões em relação ao 3T22 —, fechando o trimestre em US$ -3 milhões e -US$ 30 milhões em 2022.
Alpargatas (ALPA4): Vendas da Havaianas caem (de novo)
Do lado da Havaianas, por mais um trimestre, a marca de chinelos perdeu volume de vendas no trimestre, com uma queda de -11% na comparação anual.
A performance negativa foi puxada pela operação do Brasil (-12% vs 4T21), impactada pela queda sequencial da demanda no canal alimentar — um dos principais da companhia.
A Havaianas Internacional apresentou um tímido crescimento em relação ao 4T21, atingindo 7 milhões de pares vendidos (+7%), freado pela queda expressiva na operação dos EUA (-27%) que ainda se encontra em reestruturação.
No ano, a operação consolidada da Havaianas vendeu 247 milhões de pares, número -5% inferior ao registrado em 2021.
Rentabilidade escancara problemas
Novamente um destaque positivo, a estratégia de mix e precificação da Havaianas no Brasil contribuiu para compensar a queda de volume e entregar um crescimento marginal de 2% de receita líquida na comparação anual, totalizando R$ 897 milhões no trimestre.
A operação internacional também cresceu (+7%), puxada pela operação na Europa, que evoluiu sua receita por par (+10%) com a mesma estratégia aplicada no Brasil. No consolidado, a receita líquida da Havaianas totalizou R$ 1,0 bilhão no quarto trimestre (+5% vs 4T21).
Apesar da receita consolidada com leve crescimento, quando descemos para a rentabilidade encontramos os principais problemas da operação…
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