Alimentos mais caros? Carne bovina e açúcar podem pesar na inflação, aponta IGP-M
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,50% em setembro, acelerando ante ganho de 0,37% registrado no mês anterior. O dado, divulgado nesta manhã pela FGV/Ibre, veio em linha com a expectativa do mercado. No ano, o índice acumula uma taxa negativa de 4,46% e de 4,57% nos últimos 12 meses.
André Braz, Coordenador dos Índices de Preços, explica que a taxa do índice ao produtor continua em aceleração, influenciada pelo aumento nos preços de importantes commodities, como bovinos (de -10,11% para 6,97%), açúcar VHP (de -2,70% para 12,88%) e carne bovina (-4,55% para 3,85%). Com isso, a deflação dos alimentos ao consumidor deve perder força nos próximos meses.
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“Essas mudanças, que afetam parcialmente os itens que impactam os preços dos produtos finais no varejo, em breve contribuirão para atenuar a deflação observada no grupo Alimentação do IPC (de -0,60% para -0,39%). Esta classe de despesa tem atuado como um elemento de estabilização, impedindo que a inflação ao consumidor acelere em 2023″, afirma.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, subiu 0,27% este mês, mesma taxa observada em setembro. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,20% em outubro, contra avanço de 0,24% no mês anterior.
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.