Alibaba avalia lançamento do IPO de US$ 10 bi em novembro
O Alibaba está avaliando se faz uma oferta de ações em Hong Kong de US$ 10 bilhões, bem abaixo da meta inicial, em novembro ou se adia a venda até o ano que vem diante da crescente incerteza global, disseram pessoas com conhecimento do assunto.
A maior empresa da China estuda as opções para o maior IPO da cidade desde 2010, mas a janela para realizar a megaoperação em 2019 está fechando rápido.
O gigante de comércio eletrônico pode ir em frente com a listagem – após a divulgação do balanço, em 1º de novembro, ou das promoções para o Dia do Solteiro, em 11 de novembro – ou arriscar adiar a oferta até 2020, segundo pessoas a par do assunto.
O Alibaba está relutante em adiar a oferta por causa incerteza em torno das tensões entre EUA e China e cenário macroeconômico global frágil, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas.
A listagem do Alibaba deveria ser a principal conquista da Bolsa de Valores de Hong Kong, que perdeu muitas das estrelas da tecnologia da China para as rivais dos EUA.
Ao mesmo tempo, protestos pró-democracia e contra a China eclodiram em meados do ano, o que abalou o centro financeiro e afetou ações relacionadas ao continente. O sonho do cofundador do Alibaba, o bilionário Jack Ma, de listar a empresa mais perto de casa – um movimento que teria favorecido Pequim e protegido a empresa contra a guerra comercial – corre o risco de sair pela culatra sem uma oferta.
O Alibaba quer levantar mais de US$ 10 bilhões, cerca da metade da meta original, disseram as pessoas. A empresa pretende capitalizar a positiva recepção de recentes IPOs em Hong Kong que captaram mais de US$ 1 bilhão, como a oferta da unidade asiática da Anheuser-Busch InBev, O Alibaba não quis comentar em resposta por e-mail.
Está “mais perto de casa, e as pessoas estão mais familiarizadas com o negócio da empresa aqui, por isso, poderia conseguir um bom valuation se fosse listada em Hong Kong”, disse Julia Pan, analista da UOB Kay Hian, em Xangai.
Qualquer decisão, no entanto, dependerá da reação dos investidores aos resultados, que devem destacar o ritmo mais lento de crescimento da receita do gigante de comércio eletrônico em cerca de três anos.