Aliansce Sonae (ALSO3) vai reduzir portfólio de shoppings administrados
A Aliansce Sonae reduzirá sua carteira de shoppings administrados e está analisando o portfólio para identificar empreendimentos que não considera como relevantes para sua estratégia, afirmaram executivos da empresa nesta sexta-feira.
“Estamos em revisão desta carteira, já diminuímos o número e continuamos focados em shoppings que sejam dominantes e muito relevantes”, disse o presidente-executivo da Aliansce Sonae, maior empresa de shopping centers do Brasil, Rafael Sales, em conferência com analistas.
Atualmente, a companhia tem em seu portfólio de 62 shoppings no país nove que são administrados, dos quais três no Nordeste e o restante entre Sudeste e Sul.
“Nem todos os nove shoppings se enquadram nesta categoria… Alguns desses shoppings certamente vão deixar de fazer parte de nosso portfólio de administrados nesse próximo ano”, afirmou Sales, acrescentando que a empresa ainda está promovendo reduções de participações em outros empreendimentos.
Segundo ele, até o meio do ano que vem, a expectativa da companhia é ter “tanto margem, quanto capex (investimento) e geração de caixa com o que estávamos reportando” antes da fusão da companhia com a rival brMalls.
As ações da Aliansce estavam entre as maiores altas do Ibovespa às 16h08 (horário de Brasília), com valorização de 7,2%, enquanto o Ibovespa mostrava alta de 0,8%.
A companhia divulgou na noite da véspera queda de 86% no lucro líquido do quarto trimestre de 2022 ante igual período do ano anterior, pressionada por despesas da fusão com a brMalls, mas elevou em até 50 milhões de reais a projeção de sinergias operacionais com a transação.
Sales afirmou ainda que a empresa espera fazer um pagamento “importante” de dividendos em abril e mesmo com isso a companhia tem expectativa de encerrar 2023 com uma alavancagem abaixo de 2,5 vezes na relação dívida líquida sobre Ebitda.
O executivo comentou que um dos objetivos da empresa é retornar capital aos acionistas de maneira “previsível e relevante” por conta do baixo nível de alavancagem da companhia combinada.
Sobre o ambiente do varejo nacional neste início de 2023, a diretora financeira, Daniella Guanabara, afirmou que “foi um começo de ano mais forte…continuamos a ver uma demanda comercial de varejistas muito forte”, apesar de alguns segmentos como eletrodomésticos apresentando performance mais fraca.