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Alexandre Campello: Vasco da Gama e a vanguarda cripto para ampliar receitas

15 dez 2020, 16:17 - atualizado em 15 dez 2020, 16:17
Confira, em artigo por Alexandre Campello, presidente do Club de Regatas Vasco da Gama, por que a parceria com a Mercado Bitcoin foi fundamental na ampliação de receitas do time (Imagem: Facebook/Mercado Bitcoin)

Em janeiro de 2018, quando assumi a presidência do Club de Regatas Vasco da Gama, estabeleci uma meta fundamental ao meu time de trabalho: cortar custos e aumentar receitas, para trazer o que chamamos de “dinheiro novo”. No entanto, não é uma tarefa das mais fáceis.

Fundos de investimento aparecem o tempo inteiro prometendo um aporte financeiro altíssimo mas, em troca, necessitam de garantias que, hoje, o Clube não pode oferecer. Por isso, seria necessário pensar “fora da caixa”, buscar soluções que não as usuais.

Foi assim que nasceu a ideia de tokenizar os valores que o Vasco da Gama tem direito, através do Mecanismo de Solidariedade, pelas transações definitivas de alguns dos atletas formados em sua categoria de base.

O Mecanismo de Solidariedade não é um ativo “certo” na vida de um clube de futebol.

Um atleta pode ser vendido pelo Vasco da Gama quando ainda tem 18 anos e, por mais que essa seja uma hipótese remotíssima, passar os próximos 20 anos defendendo o mesmo clube, sem ser transferido. Ou suas transferências futuras podem ser realizadas por valores muito aquém ao esperado.

Portanto, esse é um dos grandes baratos do que estamos propondo. Ao tokenizar esse ativo e lançá-lo no mercado por um valor unitário de R$ 100, o Vasco já coloca em caixa esse “dinheiro novo”, independente do que irá acontecer na jornada do jogador ao longo do tempo.

Aqui, me permitam um parêntese. Antes mesmo do ativo ser colocado à venda para o grande público no dia 8 de dezembro, o Vasco da Gama já havia recebido R$ 10 milhões pela venda de 20% dos tokens ao Mercado Bitcoin, braço do Clube nesta empreitada.

Isso, sem dúvida, é uma demonstração de segurança que esses especialistas têm na operação que está sendo montada.

Aliás, a operação é ainda mais engenhosa porque permite que o torcedor — parceiro fundamental na trajetória de 122 anos do Club de Regatas Vasco da Gama — invista em um ativo e seja (bem) remunerado por isso. Não é uma simples colaboração.

À medida que um dos jogadores é transferido — o que muitas vezes acontece por uma quantia vultuosa — e o Clube receba os valores relativos ao Mecanismo de Solidariedade, o detentor do token é remunerado por isso.

É justamente essa característica que permite que não apenas o vascaíno, mas qualquer um, independente do time pelo qual torce, invista em um token e ganhe dinheiro com isso.

Nesse momento, levando em conta diversos critérios, como idade, histórico de transferências, valor de mercado e país onde atuam, escolhemos 12 jogadores para formar o Vasco Token.

Isso minimiza os riscos para o investidor, afinal, como dito, basta que um desses atletas seja transferido de um clube para o outro para que o dono do token seja recompensado.

No futuro, nada impede que a gente forme uma nova série de tokens com outros jogadores formados em São Januário e que, hoje, estão espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Lembrem-se: estamos falando do Vasco da Gama, um clube que é uma verdadeira fábrica de craques!

Antes de encerrar, reitero que todo esse movimento fez parte das ações de planejamento estratégico implementado pela atual gestão desde 2018, com um forte empenho das diretorias financeiras, jurídicas e de futebol. Agradecemos ao Mercado Bitcoin pela parceria estratégica, certo de que, juntos, estamos na vanguarda de um movimento que deve mudar para sempre a maneira como os clubes de futebol tratam o mecanismo de solidariedade.

Alexandre Campello é presidente do Club de Regatas Vasco da Gama.

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