Além do Magazine Luiza: como ganhar com as ações do varejo em 2020?
As ações do Magazine Luiza (MGLU3) parecem um consenso do mercado quando o assunto é ganhar com a recuperação da economia brasileira e a consequente melhor performance do setor varejista.
Em um relatório enviado a clientes na última sexta-feira, o Santander olhou para as outras empresas do setor para identificar as melhores oportunidades para 2020. O analista Ruben Couto, contudo, faz um alerta:
“À medida que avançamos lentamente em direção aos esperados anos de melhoria do momento de resultados no varejo, o setor já está sendo negociado em seus máximos de todos os tempos”, alerta o documento.
Segundo Couto, o múltiplo de preço sobre o lucro (P/L) mostra um patamar de aproximadamente 50% acima da média histórica.
O que esperar?
Com a estimativa de avanço do PIB em 2,3% para 2020, de 1,2% este ano, e uma recuperação “tímida” e a confiança do consumidor gradualmente se recuperando dos baixos níveis observados no segundo semestre de 2019, as ações devem se situar, na média, em 30 vezes o P/L.
A principal aposta do banco é a Lojas Americanas (LAME4).
Com um preço-alvo de R$ 34, o analista projeta uma combinação atraente de melhoria do momento de resultados, exposição a temas-chave no setor de varejo e opcionalidades como o negócio com a BR Distribuidora (BRDT3) no formato de loja de conveniência.
Já em uma posição mais direta, Couto recomenda também a Lojas Renner (LREN3), Pão de Açúcar (PCAR4) e Magazine Luiza (MGLU3), com preços-alvo para 2020 de R$ 62,00, R$ 132,00 e R$ 56,00, respectivamente.
A indicação para a CVC (CVCB3) foi cortada de compra para manutenção. O preço-alvo estimado é de R$ 50.