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Além da Americanas (AMER3), relembre outras empresas que enfrentaram rombos nas suas contas

12 jan 2023, 9:19 - atualizado em 12 jan 2023, 9:19
Americanas
Além da Americanas, confira outras companhias que enfrentaram rombos nas suas contas (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

A Americanas (AMER3) surpreendeu o mercado na noite de ontem (10), quando anunciou que encontrou uma inconsistência contábil de R$ 20 bilhões. A cifra é maior do que o próprio valor de mercado da empresa.

O conselho de administração da Americanas decidiu criar um comitê independente para apurar as circunstâncias que ocasionaram o referido rombo contábil. Porém, ainda não é possível determinar todos os impactos nas contas da empresa.

O CEO da Americanas, Sergio Rial, além de André Covre, diretor de relações com investidores, não devem permanecer no cargo.

Além da varejista, o mercado já viu outras empresas apresentarem rombos em suas contas ao longo dos últimos ano. Cada uma com um final diferente para a história.

Confira, além da Americanas, outras companhias que enfrentaram rombos nas suas contas:

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IRB (IRBR3)

O IRB (IRBR3) acumulou um rombo milionário em 2022, que resultou no grupamento das suas ações da bolsa neste ano, para garantir que a companhia continuasse operando no mercado.

A resseguradora  derreteu mais de 94% desde 2020, em meio a erros contábeis e fake news sobre aportes de Warren Buffet, enfrentando uma série de resultados trimestrais ruins ao longo dos últimos anos.

Nos primeiros sete meses de 2022, o IRB acumulou um rombo de R$ 350 milhões, valor maior do que os R$ 250 milhões registrados no mesmo período em 2021.

Itapemirim

Companhia aérea que pediu falência em 2022, o Grupo Itapemerim tinha uma série de inconsistências contábeis em seu quadro financeiro.

Até maio de 2022, o grupo tinha dívidas de R$ 106 milhões; um passivo tributário, acumulado até outubro de 2021, de R$ 2,3 bilhões; além de inadimplências com obrigações trabalhistas desde dezembro de 2021.

CVC (CVCB3)

A agência de turismo apurou um rombo de R$ 362 milhões em 2020, referentes a inconsistências contábeis do exercício da empresas nos dois anos anteriores.

Em dezembro de 2022, analistas disseram ao Money Times que o momento era propício para a recuperação do turismo, e que a a CVC Brasil (CVCB3) pode ser uma das mais beneficiadas, já que vende diretamente ao consumidor final.

Via (VIIA3)

A antiga Via Varejo, atual Via (VIIA3), anunciou uma fraude contábil de R$ 1,2 bilhão em seus resultados operacionais do quarto trimestre de 2019.

O caminho para a recuperação da companhia, contudo, ainda deve ser longo, segundo analistas ao Money Times. O BTG Pactual (BPAC11), que cortou o preço-alvo das ações da Via para R$ 4 (de R$ 8 anteriormente) e manteve a recomendação em “neutro” no último ano.

O banco projeta um cenário ainda desafiador pela frente, com o e-commerce local desacelerando nas principais categorias (eletrônicos e eletrodomésticos) e a competição se tornando cada vez mais evidente no setor.

Americanas (AMER3)

No caso da Americanas, no entanto, o impacto ainda é incerto. A XP Investimentos colocou a ação sob revisão.

Para o Bradesco BBI, o anúncio levanta preocupações importantes sobre a credibilidade da empresa e, eventualmente, sobre sua capacidade financeira.

A Americanas vai se pronunciar em call fechada para investidores e organizada pelo BTG Pactual nesta quinta-feira, às 9h.