Aldemir Bendine, ex-BB e Petrobras, é preso na Lava Jato
O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, foi preso nesta quinta-feira (27) durante a Operação Cobra, um desdobramento da Lava Jato, informou a Polícia Federal.
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de prisão temporária no Distrito Federal e nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
De acordo com a PF, a ação está focada em Bendine, além de pessoas a ele associadas, pela prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, dentre outros.
“Segundo as investigações realizadas até este momento, o ex-presidente das instituições mencionadas e pessoas a ele relacionadas teriam solicitado vantagem indevida em razão dos cargos exercidos para que o Grupo Odebrechet não viesse a ser prejudicado em futuras contratações da Petrobras. Em troca, o grupo empresarial teria efetuado o pagamento em espécie de ao menos R$ 3 milhões. Aparentemente, estes pagamentos somente foram interrompidos com a prisão do então presidente do Grupo Odebrecht”, diz a PF em nota.
De acordo com o MPF-PR, existem evidências de que ele pediu propina à Odebrecht AgroIndustrial.
“Numa primeira oportunidade, um pedido de propina no valor de R$ 17 milhões realizado por Aldemir Bendine à época em que era presidente do Banco do Brasil, para viabilizar a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht AgroIndustrial. Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, executivos da Odebrecht que celebraram acordo de colaboração premiada com o Ministério Público, teriam negado o pedido de solicitação de propina porque entenderam que Bendine não tinha capacidade de influenciar no contrato de financiamento do Banco do Brasil”, diz a nota
Além disso, segundo o MPF, “há provas apontando que, na véspera de assumir a presidência da Petrobras, o que ocorreu em 6 de fevereiro de 2015, Aldemir Bendine e um de seus operadores financeiros novamente solicitaram propina a Marcelo Odebrecht e Fernando Reis. Desta vez, as indicações são de que o pedido foi feito para que o grupo empresarial Odebrecht não fosse prejudicado na Petrobras, inclusive em relação às consequências da Operação Lava Jato.”
(Com Agência Brasil)