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Ajuste (pontual) após fortes perdas só na soja e milho; demais commodities derreteram

24 jun 2022, 16:42 - atualizado em 24 jun 2022, 16:43
Soja
Soja em reta final de plantio nos Estados Unidos alivia perdas (Imagem: Reuters/Tom Polansek)

O alívio dos ativos financeiros, como as bolsas (em alta) e o dólar index (em baixa), nesta sexta (24), está muito mais ligado ao ajuste técnico depois de fortes e seguidas perdas do que sintoma de que o pior passou sobre a economia global, tanto que nem todas commodities agrícolas estão pegando carona no bom humor pontual.

Algumas análises por aí vão querer achar algum fundamento, mas não há nenhum hoje de tão bagunçado o cenário econômico, e com o Federal Reserve se mostrando disposto a não ceder nos juros caso a inflação americana não regrida, como disse o presidente Jerome Powell, ontem, e o CEO de ST Louis, Jim Bullard, nesta manhã.

O café, por exemplo, não fechou em alta em Nova York, porque há nervosismo em relação ao potencial de consumo em caso de recessão e, também, porque o dólar segue em alta no Brasil, expressando esse temor junto com o panorama político doméstico.

O vencimento de setembro desceu mais de 2,50%, indo fechar a 223,25 centavos de dólar por libra-peso.

E o algodão é outro que treme nas bases quando se fala em consumo ruim e derreteu pesado como na véspera, 4%, 98.05 c/lp (dezembro).

O trigo de julho também esteve menor em Chicago, na contramão do viés de alta vindo pela oferta reprimida da Ucrânia e safras menores mundo afora. Caiu mais de 1,30%, a US$ 9,23 no próximo contrato de entrega.

No caso do açúcar, a valorização do petróleo, próximo do US$ 113 o barril em Londres, não ofereceu o suporte tradicional de alta, e a commodity perdeu até pouco perto das demais, 0,10%, a 18,37 c/lp, na bolsa nova-iorquina, no contrato a vencer o mês que vem.

Soja e milho, que movimentam grandes posições entre todos os derivativos agrícolas, estão comprados, ainda assim moderadamente.

A oleaginosa não seguiu as altas do óleo e do farelo e se ajusto positivamente em torno de 1%, a US$ 16,10, no julho.

Nesse mesmo vencimento, o milho avançou 0,40% e ficou em US$ 7,50.

 

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