Ajuda “verdadeira” contra coronavírus pode ser apenas 37,5% da anunciada, avalia XP
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Para estimar o impacto das medidas anunciadas por diversos países para reduzir os efeitos do coronavírus sobre a economia, a XP Investimentos avaliou dados disponíveis em 33 países. A conclusão é que as iniciativas vão no “caminho certo”, mas a injeção real de recursos poderá ser bem menor que a estimada.
No cenário mais conservador traçado pelos analistas Victor Scalet e Laís Costa, que assinam o relatório, apenas 37,5% dos recursos anunciados impulsionarão, de fato, a economia.
“Nossas estimativas indicam que o total de pacotes fiscais de estímulo anunciados deve passar de 4,8% do PIB global”, afirma a dupla.
“No entanto, nem tudo é impulso de verdade ou duradouro. Nossa estimativa conservadora sugere que o impulso que será injetado de verdade supera 1,8% do PIB mundial”, explica.
Incertezas
Como fazer previsões, neste momento, é altamente arriscado, a XP Investimentos acrescenta que “o mais provável é que a verdade esteja no meio do caminho”.
A gestora observa que a efetivação de algumas medidas ainda é incerta. Um exemplo é a isenção de tarifas de eletricidade e de pagamento de tributos da previdência social.
Os analistas acrescentam que ações neste sentido “podem depender de contratos discricionários e estão sujeitas à divulgação voluntária por parte das empresas”.
De qualquer modo, a XP lembra que foram os estímulos econômicos adotados pelos governos, em todo o mundo, que atenuaram a crise financeira de 2008 e 2009, restaurando a confiança do mercado, antes da “deterioração total” da economia.