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Airbus oferece concessão sobre subsídio para acabar com tarifas dos EUA

24 jul 2020, 9:13 - atualizado em 24 jul 2020, 9:13
Airbus Setor Aéreo
“Com este passo final, a Airbus se considera em total conformidade com todas as decisões da OMC”, afirmou a Airbus (Imagem: Reuters/Regis Duvignau)

A europeia Airbus anunciou nesta sexta-feira que está modificando contratos de empréstimos com os governos francês e espanhol em uma tentativa “final” para reverter tarifas norte-americanas e fazer os Estados Unidos encerrarem uma disputa de 16 anos sobre bilhões de dólares em subsídios de aeronaves.

A fabricante de aviões disse que concordou em pagar taxas de juros mais altas em dois empréstimos que recebeu para ajudar a desenvolver seu jato A350, que entrou em serviço em 2015.

A União Europeia e a França disseram que a decisão de aceitar taxas de juros mais altas deve resolver a disputa com os EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC). A UE disse que retaliaria com sanções caso isso não acontecesse.

“Na ausência de um acordo, a UE estará pronta para aproveitar plenamente seus próprios direitos de sanção”, disse o comissário de Comércio, Phil Hogan.

Os empréstimos fazem parte de um sistema que está na mira dos EUA na maior disputa comercial do mundo, que também envolveu condenação europeia do apoio dos EUA à norte-americana Boeing.

O fracasso em retirar os subsídios da Airbus levou à aprovação da OMC para as sanções dos EUA no ano passado em até 7,5 bilhões de dólares em produtos europeus, variando de vinho a uísque.

Grupos de comércio estão se preparando para uma escalada de disputa no outono no hemisfério norte, quando a UE deve obter a aprovação da OMC para revidar com suas próprias tarifas sobre produtos norte-americanos por causa de subsídios à Boeing.

A OMC criticou a Europa e os EUA por distribuir apoio ilegal a suas respectivas fabricantes de aviões.

“Com este passo final, a Airbus se considera em total conformidade com todas as decisões da OMC”, afirmou a Airbus.

Em maio, os EUA se declararam em total conformidade com as conclusões da OMC depois que o Estado de Washington aboliu as isenções de impostos da indústria aeroespacial que beneficiaram amplamente a Boeing.

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