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Airbus afirma que hidrogênio não será amplamente utilizado em aviões antes de 2050

10 jun 2021, 11:38 - atualizado em 10 jun 2021, 11:39
Airbus
A Airbus não forneceu comentários detalhados sobre a reunião de fevereiro (Imagem: REUTERS/Stephane Mahe)

A maioria dos aviões vai depender de motores a jato tradicionais até pelo menos 2050, afirmou a Airbus à União Europeia em uma nota divulgada nesta quinta-feira sobre sua pesquisa para a criação de aviões movidos a hidrogênio com emissão zero.

O fabricante de aviões diz que planeja desenvolver a primeira aeronave comercial de emissão zero do mundo até 2035, mas não disse se a tecnologia estará pronta para a substituição do modelo de médio alcance A320 que deve ser lançado em 2030.

A nota de fevereiro para autoridades da UE parecia descartar essa possibilidade.

“As aeronaves de hidrogênio com emissão zero serão focadas principalmente em aeronaves regionais e de curto alcance a partir de 2035. O que significa que as iterações atuais e futuras de turbinas a gás altamente eficientes ainda serão necessárias à medida que avançamos para 2050, especialmente para operações de trajetos longos”, disse a apresentação.

A companhia não detalhou como a tecnologia, que ainda está sendo desenhada, seria introduzida nos aviões menores. A Airbus afirma que ainda está estudando vários conceitos.

Os slides da apresentação ao gabinete do vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, foram divulgados pela InfluenceMap, um órgão de controle do clima liderado por investidores que afirmou tê-los obtido por meio de um pedido de liberdade de informação.

Eles faziam parte de um conjunto mais amplo de documentos emitidos pelo órgão de fiscalização, que afirmava que as companhias aéreas e os fabricantes haviam instado os legisladores a usar fundos de estímulo verdes apoiados pela UE para apoiar a aviação.

A Airbus não forneceu comentários detalhados sobre a reunião de fevereiro.

Embora a pesquisa ainda esteja em um estágio inicial, os possíveis caminhos para a substituição do A320 já são um grande foco de debate enquanto a rival Boeing pondera como dar suporte ao concorrente 737 MAX, e os fabricantes de motores se concentram em turbinas a gás em evolução.