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Airbus adia entregas de aviões de 2024, mas mantém meta de produção

18 abr 2023, 9:50 - atualizado em 18 abr 2023, 10:00
Airbus
A Airbus começou a notificar companhias aéreas sobre adiamento de entregas em 2024. (Imagem: Facebook/Airbus)

A Airbus começou a notificar companhias aéreas sobre adiamento de entregas em 2024 de jatos da família A320neo, com os envios de várias centenas de aviões podendo ser postergados em até três meses, afirmaram fontes da indústria nesta terça-feira.

A Airbus confirmou atrasos de entregas em 2024 em um comunicado enviado à Reuters, mas afirmou que isso não reflete qualquer piora nos problemas na cadeia de fornecimento desde que revisou planos de produção neste ano. A empresa reafirmou metas de produção para 2024 e além.

“Já comunicamos em dezembro sobre o impacto para 2023 e agora estamos falando em detalhes sobre 2024”, informou a Airbus.

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Para as companhias aéreas, a última onda de avisos marca a primeira indicação concreta de restrições de oferta além deste ano. Os atrasos afetam particularmente a variante A321neo, que atualmente representa mais da metade das entregas da Airbus, disseram as fontes.

Companhias aéreas e empresas de leasing protestaram nos últimos meses contra uma série de avisos de atraso que vieram em curto prazo em meio a problemas contínuos na cadeia de suprimentos. A Airbus agora está avisando com mais antecedência.

“Tentamos ser o mais transparentes possível para dar visibilidade aos nossos clientes”, disse um porta-voz da Airbus.

Os atrasos ainda não incluem alterações no cronograma para 2023, que já foi reduzido para a meta de 720 entregas, inalterada em relação à meta inicial do ano passado.

A Airbus é atualmente a maior fabricante de aviões do mundo, enquanto a Boeing se recupera lentamente da crise de segurança do 737 MAX e dos atrasos na produção do 787. A Boeing anunciou uma nova interrupção relacionada a fornecedor para as entregas do 737 na semana passada.

Mas no primeiro trimestre, as entregas da Airbus ficaram abaixo das da Boeing pela primeira vez em uma base trimestral desde que a companhia assumiu o programa jato de passageiros CSeries da Bombardier em 2018 e o adicionou ao seu portfólio como A220.

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reuters@moneytimes.com.br
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