Ainda vale a pena ter Banco do Brasil (BBAS3) na carteira? 1T24 é ‘sólido’, mas não conta toda a história
O Banco do Brasil (BBAS3) reportou resultados “positivos” no primeiro trimestre de 2024 (1T24), com lucro líquido de R$ 8,7 bilhões. No entanto, as ações da companhia sofrem em dia também negativo para o Ibovespa e recuam 4,09%, a R$ 27,22.
Embora o balanço tenha sido “sólido”, a qualidade dos resultados deteriorou-se ligeiramente. O BTG Pactual afirma que, ao contrário dos outros bancos, que registaram um claro declínio nos indicadores de inadimplência (NPL), as provisões para perdas com empréstimos do BB foram maiores do que o projetado, quase compensando o aumento da margem financeira.
“Nos próximos trimestres, tendemos a acreditar que tanto o crescimento da margem financeira quanto do provisionamento para perdas com empréstimos desacelerarão, mas será importante obter mais detalhes da administração sobre o que esperar do banco Patagônia, dada sua crescente importância nos resultados do BB nos últimos tempos”, dizem Eduardo Rosman e equipe.
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Já os analistas da XP Investimentos destacam que os pontos fracos da companhia foram os spreads de clientes e os números de tesouraria mais baixos, além do custo de crédito pressionado.
Entretanto, eles reiteram que não é possível afirmar categoricamente que o primeiro trimestre representa o início de uma tendência de queda nos resultados do Banco do Brasil.
Do lado positivo, Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, da XP, ressaltam o retorno sobre patrimônio (ROE) robusto e o sólido crescimento da carteira de empréstimos. Além disso, as despesas administrativas crescendo abaixo da inflação e a posição de capital forte foram destaques.
O Banco do Brasil ainda reafirmou o guidance para o ano — o que é considerado como um sinal positivo. “Nossa preocupação é apenas com provisões, visto que a taxa do trimestre, se anualizada, ficaria acima do topo da faixa indicativa”, dizem os analistas.
Ainda vale a pena ter ações do Banco do Brasil?
Tanto o BTG Pactual quanto a XP Investimentos seguem com recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil.
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Os preços-alvo indicados são de, respectivamente, R$ 36,5 e R$ 36 — o que implica potencial alta de até 26,8%, com base na cotação do último fechamento (8).
“Com o ROE ainda acima de 20%, acreditamos que a ação tem um bom suporte, embora não a vejamos com a mesma capacidade de gerar retornos elevados que vimos no ano passado”, avaliam os analistas do BTG.