Internacional

Ainda há esperança para acordo comercial EUA-China neste ano

24 nov 2019, 17:49 - atualizado em 24 nov 2019, 17:49
Robert O'Brien e Li Keqiang
“Esperávamos ter um acordo (de fase um) até o final do ano. Ainda acho possível”, disse O’Brien (Imagem: Gacad/Pool via REUTERS)

O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Robert O’Brien, disse no sábado que um acordo comercial inicial com a China ainda é possível até o final do ano, mas alertou que Washington não fechará os olhos para o que acontece em Hong Kong.

Os comentários aumentam as preocupações de que uma repressão chinesa aos protestos contra o governo em Hong Kong possa complicar ainda mais os esforços dos Estados Unidos e da China para encerrar uma guerra comercial prolongada que tem abalado os mercados globais e minado previsões de crescimento econômico pelo mundo.

“Esperávamos ter um acordo (de fase um) até o final do ano. Ainda acho possível”, disse O’Brien a repórteres em uma conferência de segurança em Halifax.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steve Mnuchin, disse em outubro que os negociadores chineses e norte-americanos estavam trabalhando na conclusão da “fase um” (Imagem: REUTERS/Yuri Gripas)

“Ao mesmo tempo, não vamos fechar os olhos para o que está acontecendo em Hong Kong ou no Mar do Sul da China ou em outras áreas do mundo onde estamos preocupados com as atividades da China”, disse.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na sexta-feira que falou ao presidente chinês, Xi Jinping, que reprimir os protestos de Hong Kong teria “um tremendo impacto negativo” nas iniciativas para chegar a um acordo para encerrar a guerra comercial, que já dura 16 meses.

Trump tem sido vago sobre se assinaria ou vetaria leis para apoiar os manifestantes em Hong Kong e se vangloriou de que sozinho impediu que Pequim reprimisse as manifestações com um milhão de soldados.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steve Mnuchin, disse em outubro que os negociadores chineses e norte-americanos estavam trabalhando na conclusão da “fase um” do texto do acordo comercial para que os presidentes assinassem o documento em novembro.