Renda Fixa

Ainda vale a pena investir em CDBs? Enquanto pós-fixados encolhem, prefixados entregam ‘pouca emoção’

13 jul 2024, 12:00 - atualizado em 12 jul 2024, 12:08
renda fixa - cdbs
(Imagem: Getty Images)

A animação com a renda fixa parece ter minado o rendimento dos CDBs (Certificado de Depósito Bancário). Enquanto os pós-fixados voltaram a pagar taxas médias próximas aos 100% do CDI, os prefixados entregaram “pouca emoção” com rentabilidades menores, como mostra um estudo realizado pela Quantum Finance.

Os CDBs costumam ser um dos investimentos mais buscados pelos investidores na renda fixa por terem uma rentabilidade atrativa e uma maior segurança, já que possuem a cobertura do Fundo Garantidor Créditos (FGC) de até R$ 250 mil.

Principalmente por conta da aversão à risco dos últimos meses, essa procura, no entanto, tem feito com que os emissores diminuam a rentabilidade oferecida.

De acordo com o acompanhamento quinzenal da Quantum, que considera os títulos bancários emitidos entre 20 de junho e 4 de julho, os pós-fixados com vencimento em dois anos pagaram, em média, 100,17% do CDI, uma queda em relação aos 101,01% do levantamento anterior. 

Já entre os prefixados, os títulos de seis meses apresentaram um retorno de 9,99% ao ano, em comparação aos 10,08% de 15 dias atrás. A taxa média dos prefixados de três anos, por sua vez, caiu de 12,40% para 12,25% ao ano.

O destaque, porém, vai para a taxa média de CDBs atrelados à inflação com vencimento em três anos que mostraram uma alta de 5,98% para 6,13%. O levantamento aponta ainda que, além do retorno, a oferta também aumentou, passando de 9 títulos há um mês para 37 no levantamento mais recente.

Segundo a Quantum, isso se deve, principalmente, por esse tipo de remuneração ser a “queridinha” do momento, tendo em vista a projeção de alta da inflação apontada pela mercado.

“Conforme os títulos do tesouro seguem oferecendo taxas maiores, os emissores de CDBs tentam manter a atratividade dos títulos bancários elevando suas rentabilidades também”, explica.

Vale a pena investir em CDBs?

Laís Costa, analista de renda fixa da Empiricus Research, avalia que a queda dos spreads de crédito de fato tem sido vista pela alta demanda por esses ativos e por isso os investidores precisam fazer a conta risco versus retorno para saber se o ativo vale a pena.

“O CDB vale a pena se ele rende mais que o CDI porque ele carrega o risco de crédito da instituição. Se for apenas 100% do CDI eu não diria q vale a pena. Iria para o Tesouro mesmo”, explica Costa.

A profissional pondera que ainda há, no geral, diversos CDBs com taxas acima do CDI e que a equipe de analistas da instituição recentemente recomendou títulos pós-fixados pois enxergam que ainda possuem uma relação de risco e retorno atrativa.

Confira os retornos dos CDBs

  • CDBs prefixados
Prazo (meses) Indexador Taxa mínima Taxa média Taxa máxima Número de títulos Emissor da maior taxa
6 PREFIXADO 9,85% 9,99% 10,15% 5 BANCO ABC BRASIL
12 PREFIXADO 10,25% 10,86% 11,40% 8 SINOSSERRA FINANCEIRA – SOCIEDADE DE CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
24 PREFIXADO 10,80% 11,34% 11,70% 10 HAITONG BANCO DE INVESTIMENTO DO BRASIL
36 PREFIXADO 11,95% 12,25% 12,70% 19 SINOSSERRA FINANCEIRA – SOCIEDADE DE CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
  • CDBs atrelados à inflação
Prazo (meses) Indexador Taxa mínima Taxa média Taxa máxima Número de títulos Emissor da maior taxa
24 IPCA 5,40% 5,85% 6,42% 23 HAITONG BANCO DE INVESTIMENTO DO BRASIL
36 IPCA 5,55% 6,13% 6,35% 14 HAITONG BANCO DE INVESTIMENTO DO BRASIL
  • CDBs atrelados ao CDI
Prazo (meses) Indexador Taxa mínima Taxa média Taxa máxima Número de títulos Emissor da maior taxa
3 %CDI 97,50% 99,65% 103,00% 25 PARANA BANCO / BANCO VOLKSWAGEN / BANCO STELLANTIS
6 %CDI 97,50% 101,95% 120,00% 15 BANCO MASTER DE INVESTIMENTO
12 %CDI 90,00% 100,06% 107,00% 38 BANCO MERCANTIL DO BRASIL
24 %CDI 98,00% 100,17% 106,00% 26 BANCOSEGURO
36 %CDI 99,96% 102,15% 107,50% 20 BANCO MERCANTIL DO BRASIL

 

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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