Ainda é cedo para acreditar na recuperação da Ultrapar, avalia XP
A XP Investimentos ainda continua cética sobre as projeções operacionais da Ultrapar (UGPA3) apresentadas ontem durante evento com investidores, revela relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (06). Veja a apresentação do “Ultra Day” no final do artigo.
Para o analista Gabriel Fonseca, as principais empresas do grupo atingirão um ponto de mudança, com a rede de postos de gasolina Ipiranga enfrentando maior concorrência de distribuidoras de combustíveis regionais e a Oxiteno sofrendo com margens de petroquímicos globalmente pressionadas.
Apesar disso, ele destaca a visão otimista da companhia com os setores de refino e logística de derivados de petróleo.
O motivo principal é que o Brasil já vive uma situação de déficit de produção de derivados de petróleo, e já depende de importações para atender a demanda interna.
“Ao final desta década, tal situação pode evoluir para falta de produtos por exaustão da capacidade de produção e importação de derivados, razão pela qual são necessários investimentos em capacidade de refino e em terminais portuários”, disse.
Diante desse fatores, a XP Investimentos manteve a recomendação neutra nas ações e atualizou o preço-alvo de R$ 24 para R$ 22 por ação.
Projeções para 2020
Em 2020, a empresa espera alcançar um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 3,940 bilhões. Os números desagradaram o mercado.
Em relatório, o Itaú BBA afirmou que o guidance já está precificado, mesmo que o ponto médio das metas esteja abaixo das suas expectativas.
A recomendação do BBA é de desempenho igual ao da média do mercado (marketperform).
Veja a apresentação: