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Águas do Brasil vence leilão pelo lote 3 da Cedae com lance de R$ 2,2 bilhões

29 dez 2021, 14:49 - atualizado em 29 dez 2021, 15:38
O lance vencedor da Águas do Brasil, que participou na concorrência sob o nome oficial SAAB, representou um ágio de 90% em relação ao valor mínimo definido no edital (Imagem: manode/Getty Images Pro)

A Águas do Brasil venceu nesta quarta-feira o leilão pelo lote 3 de concessão da companhia fluminense de saneamento Cedae, com oferta de outorga de 2,2 bilhões de reais, batendo a única rival no certame, a Aegea.

O lance vencedor da Águas do Brasil, que participou na concorrência sob o nome oficial SAAB (Saneamento Ambiental Águas do Brasil), representou um ágio de 90% sobre o valor mínimo definido no edital. A Reuters havia antecipado na segunda-feira que essas seriam as únicas empresas na disputa pelo bloco.

O lote foi redesenhado após ter sido o único dos quatro levados a leilão em abril que não teve interessados. Sua área, formada inicialmente por seis cidades, foi ampliada para 21 municípios. A expectativa é de que o ativo receba investimentos de 4,7 bilhões de reais nos 35 anos do prazo de concessão.

No leilão de abril, a Aegea, que possui como sócios o fundo soberano de Cingapura (GIC) e a  Itaúsa (ITSA4), controladora do Itau Unibanco (ITUB4), havia arrematado os lotes 1 e 4, enquanto a Iguá, com suporte do fundo de pensão canadense CPP, venceu o lote 2.

No conjunto, esta é maior concessão de infraestrutura de saneamento da história do país e ocorreu pouco mais de um ano após a aprovação do marco legal do setor.

O objetivo, além da distribuição de água, é obter a universalização da coleta e tratamento de esgoto para cerca de 13 milhões de pessoas.

A Águas do Brasil tem três grupos de sócios: um grupo de famílias reunidos na Developer, a Queiroz Galvão e a New Water Participações.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que o resultado do leilão faz o Rio de Janeiro deixar de ser visto com vergonha devido à crise fiscal dos últimos anos e será mais atrativo para investidores privados.

“Se tivesse que cobrar outorga zero, eu faria”, disse ele na cerimônia após o resultado do leilão.

(Atualizada às 15:38)

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