Atos Antidemocráticos

AGU pede ao STF prisão de ex-secretário do DF, desocupação dos prédios públicos federais e prisão em flagrante

08 jan 2023, 19:28 - atualizado em 08 jan 2023, 19:28
Congresso
AGU pede ao STF prisão do ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro Anderson Torres e imediata desocupação dos prédios públicos federais em Brasília (Imagem: Twitter)

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, exonerado neste domingo (8) após a invasão por manifestantes nas sedes dos Três Poderes em Brasília. Torres foi ministro da Justiça do governo Bolsonaro.

A AGU também pediu a imediata desocupação de todos os prédios públicos federais, com prisão em flagrante dos envolvidos. No termo, encaminhando ao ministro do STF Alexandre de Moraes, a AGU afirma que o “mundo assistiu estarrecido os eventos de depredação dos prédios – patrimônio da humanidade – que abrigam  os três Poderes da República”.

Portanto, tal fato é evidente, que não carece de provas.  Para a AGU, trata-se de um episódio traumático, “que agride o povo brasileiro” e também representa um “claro ataque ao funcionamento das instituições”.

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Outros pedidos

Ainda no termo da AGU, fica determinada a identificação e remoção de conteúdos que promovam atos antidemocráticos nas plataformas de mídias e redes sociais. Mais que isso, a medida é acompanhada do pedido de identificação de autoria dos ilícitos praticados, com apoio das empresas de telecomunicações.

Também pede-se que seja averiguado a participação de agentes públicos. Fica ainda determinado o registro de todos os veículos que ingressaram no Distrito Federal entre os dias 5 e 8 de janeiro.

6 de Janeiro = 8 de Janeiro

O episódio deste domingo (8) em Brasília remete à invasão do Capitólio de Washington, em 6 de janeiro de 2021, por apoiadores do então presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, para tentar impedir a certificação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden na eleição presidencial de 2020.

Leia mais em: 6 de janeiro no Capitólio dos EUA e 8 de janeiro em Brasília: qualquer semelhança não é mera coincidência