AgRural diz que tempo quente e seco em parte da soja do Brasil gera apreensão
A virada de novembro para dezembro foi marcada pelo retorno “muito bem-vindo” das chuvas a boa parte do Sul do Brasil, mas em outras regiões do país o tempo seco e quente voltou a predominar, e apenas pancadas esparsas foram registradas, aumentando a apreensão dos produtores em diversos Estados, disse a consultoria AgRural nesta segunda-feira.
“Mas há chuvas previstas para os próximos dias”, acrescentou.
A AgRural estima a produção de soja do Brasil na safra 2020/21 em 132,2 milhões de toneladas, com base em área de 38,3 milhões de hectares (+3,6% anuais) e linhas de tendência de produtividade, mantidas até novembro.
Mas os números serão revisados para clientes nesta semana, disse a consultoria.
Uma pesquisa da Reuters divulgada na última sexta-feira apontou uma produção menor de soja no Brasil na comparação com levantamento anterior. A média de 13 analistas indicou uma safra de 131,79 milhões de toneladas.
O plantio da safra 2020/21 de soja chegou na última quinta-feira a 90% da área estimada para o Brasil, contra 87% uma semana antes e 93% um ano atrás, segundo a AgRural.
Os trabalhos se concentram agora nos dois extremos do país, com ritmo acima da média no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), ainda que com menos fôlego nas duas últimas semanas, devido à redução da umidade. A consultoria apontou atraso no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.