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AgRural corta estimativas de safras de soja e milho do Brasil por seca

16 dez 2021, 9:38 - atualizado em 16 dez 2021, 9:38
Soja, Alimentos, Agricultura
A previsão de produção de soja do Brasil caiu dos 145,4 milhões de toneladas divulgados no início de novembro para ainda recordes 144,7 milhões de toneladas (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

As estimativas de safras de soja e milho do Brasil em 2021/22 foram reduzidas nesta quinta-feira pela consultoria AgRural, que citou a seca cortando a produtividade da oleaginosa no Paraná e do cereal no Rio Grande do Sul, de acordo com comunicado.

A previsão de produção de soja do Brasil caiu dos 145,4 milhões de toneladas divulgados no início de novembro para ainda recordes 144,7 milhões de toneladas.

“Sem alteração na área plantada, que segue projetada em recordes 40,6 milhões de hectares, o que pesou foi a produtividade, que agora é calculada com base nas condições de clima e desenvolvimento das lavouras por Estado, em substituição às linhas de tendência usadas até o mês passado”, explicou a consultoria.

A produtividade média do Brasil é estimada agora em 59,5 sacas por hectare, contra 59,7 sacas em novembro.

“Com a substituição das linhas de tendência, houve alterações em praticamente todos os Estados. Mas apenas um, neste momento, já teve corte motivado por estiagem: foi o Paraná, cuja produção caiu 900 mil toneladas em relação à estimativa de novembro, para 20,9 milhões”, afirmou.

O corte deveu-se a perdas em áreas mais adiantadas da região oeste, onde a soja já em fase reprodutiva enfrentou calor e falta de chuva em novembro e no começo de dezembro.

Apesar das dificuldades no plantio, que ainda está em curso, ainda não houve corte de produção no Rio Grande do Sul, devido ao calendário mais tardio do Estado.

Milho

A produção total de milho do Brasil na safra 2021/22, baseada em números da AgRural para o centro-sul na safra de verão e na safrinha, e em estimativas da Conab para o Norte/Nordeste e para a terceira safra, é calculada por ora em 114,4 milhões de toneladas, ante 115,5 milhões em novembro e 87 milhões de toneladas em 2020/21, quando a seca e geadas cortaram a colheita.

Segundo a AgRural, o milho verão já tem “perdas pesadas” no Rio Grande do Sul.

Nesta revisão, a AgRural cortou 1,2 milhão de toneladas da produção do Estado na comparação com novembro, para 4,4 milhões de toneladas.

“As áreas mais afetadas se concentram no noroeste gaúcho, que começa a plantar em meados de agosto e cujo milho foi impactado pelo tempo quente e seco de novembro e início de dezembro durante o pré-pendoamento, polinização e enchimento de grãos, dependendo da localidade.”

Também há perdas em Santa Catarina e no Paraná, mas elas ainda são isoladas, acrescentou.

A produção de milho verão na safra 2021/22 do centro-sul do Brasil é estimada pela AgRural em 20,3 milhões de toneladas, 1,4 milhão abaixo da projeção de novembro.

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