Agronegócio

AgRural ajusta previsão de safra de soja do Brasil e vê recorde de 120,7 milhões de toneladas

18 nov 2019, 10:56 - atualizado em 18 nov 2019, 10:58
Ligeira redução na produção total em 2019/20 ocorreu apesar de um leve aumento na estimativa de plantio (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

O Brasil deverá colher 120,7 milhões de toneladas de soja na temporada 2019/20, estimou nesta segunda-feira a consultoria AgRural, com um leve ajuste negativo na projeção de novembro ante a divulgada em outubro (121 milhões de toneladas).

“Foi mais um ajuste negativo na linha de tendência, na questão de produção ainda usamos na maioria dos Estados a linha de tendência (histórica) de produtividade”, disse o analista Adriano Gomes.

Ele explicou que a partir de dezembro os números da consultoria já deverão vir com dados de produtividade apurados no campo.

Até a última quinta-feira, o Brasil havia plantado 67% da área projetada em 36,4 milhões de hectares.

Diante de chuvas mais escassas no início do ciclo, a AgRural aponta um atraso no plantio de soja do Brasil ante a temporada passada, quando país havia semeado 82% da safra nesta época, e em relação à média histórica para o período (70%).

Soja
AgRural aponta um atraso no plantio de soja do Brasil ante a temporada passada, quando país havia semeado 82% da safra nesta época (Imagem: Pixabay)

O atraso, contudo, não interferiu na decisão de rever a produtividade, disse o analista.

“A janela ideal da soja não foi prejudicada, isso não deve influenciar na produção”, disse ele.

Na temporada passada, quando o tempo seco atingiu Estados como Mato Grosso do Sul e Paraná, o Brasil produziu 115 milhões de toneladas de soja, abaixo do recorde da temporada anterior, de mais de 119 milhões de toneladas, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento.

A ligeira redução na produção total em 2019/20 ocorreu apesar de um leve aumento na estimativa de plantio. A AgRural estimava alta de 1,3% na área plantada até o mês passado, e agora vê crescimento de 1,5%.

“No caso da área, foi um aumento basicamente vindo do Norte e Nordeste, pelos melhores preços tanto em reais quanto em dólar, e isso acabou pensando na decisão do produtor”, comentou o analista.

“Alguma áreas que estavam abertas, mas que não foram semeadas na temporada passada, vão ser plantadas nesta temporada”, disse ele.