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Agronegócio: BTG vê Minerva (BEEF3) e Jalles (JALL3) mais expostas a tarifa de 50%; taxa também atinge açúcar e café

31 jul 2025, 12:24 - atualizado em 31 jul 2025, 12:24
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(Imagem: Racide/iStock)

A decisão dos Estados Unidos, de isentar uma série de produtos brasileiros da nova tarifa de 50% trouxe algum alívio para o mercado, mas a taxa ainda deve impactar produtos relevantes do agronegócio, como carne bovina, etanol, açúcar e café.

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De acordo com o BTG Pactual, embora a exposição do Brasil ao mercado norte-americano seja limitada no geral, os itens citados devem sofrer o impacto mais direto por ficarem de fora da isenção.

A decisão de não isentar carne e café surpreendeu os analistas, já que esses itens têm peso no consumo doméstico dos EUA.

Empresas do agronegócio mais impactadas

No caso da carne bovina brasileira, a tarifa — que já era de 26% para volumes acima da cota anual de 65 mil toneladas — passará a 50%, tornando economicamente inviável boa parte dessas exportações.

Entre as companhias de capital aberto, a Minerva (BEEF3) é apontada como a mais exposta, com cerca de 5% da receita atrelada ao mercado americano.

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Para o BTG, a diversificação geográfica da empresa pode aliviar os efeitos, mas parte da produção deverá ser redirecionada para mercados de menor valor, o que pressiona preços médios.

No etanol, a tarifa saltará de 12% para 50%, mas os EUA respondem hoje por apenas 16% das exportações brasileiras — bem menos do que os mais de 60% registrados cinco anos atrás.

O consumo norte-americano, regulado por mandatos de mistura, tende a ser mantido, com o custo sendo repassado ao consumidor.

No açúcar orgânico, o relatório cita a Jalles Machado (JALL3): cerca de 50% das exportações orgânicas da companhia vão para os EUA, equivalendo a aproximadamente 5% da receita.

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Em um cenário conservador, o impacto potencial estimado seria de 3% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do exercício de 2026.

Já em relação ao café, os analistas destacam que os EUA são destino de 16% das exportações brasileiras nos últimos 12 meses. Parte desse volume deverá ser redirecionada para o mercado doméstico, pressionando preços internos.

Para a Camil (CAML3), que atua como distribuidora de café, o impacto sobre margens deve ser limitado na visão dos analistas.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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