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AgroGalaxy (AGXY3): insumos sobem 35%, receita avança 67% e apontam para o 4T mais forte

14 nov 2022, 18:12 - atualizado em 14 nov 2022, 18:50
Agrogalaxy
Insumos fazem disparar receita líquida da Agrogalaxy no trimestre (Imagem: Agrogalaxy/Youtube)

O volume de vendas de fertilizantes caiu em torno de 10% no terceiro trimestre de 2022 (3T22) da AgroGalaxy (AGXY3), mas os preços avançaram 35%, juntando também os dos agroquímicos.

Com ambos os insumos faturando 72% a mais, levaram a companhia a divulgar o balanço do período com receita líquida recorde de R$ 3,1 bilhões, alta de 67% na comparação anual.

Já vai compensando os resultados dos dois primeiros meses do ano, já que a sazonalidade da carteira da revenda controlada pelo Aqua Capital impõe pedidos no primeiro semestre, mas faturando no segundo, e prepara um quatro trimestre mais forte, adianta a CEO, Sheilla Albuquerque.

De julho a setembro, também se impôs um Ebitda alinhado a esse perfil operacional. Ajustado, chegou a R$ 165 milhões, o que representa crescimento de 41% sobre o 3T21, com margem também ajustada de 5,4%.

Vale desmembrar aqui, como suporte dessa rubrica, que a carteira de pedidos subiu 92% nas 150 lojas, consolidada em R$ 2,8 bilhões ao final de setembro.

Se olhado para os resultados de outubro a dezembro, a partir de janeiro os investidores pessoas físicas, que estarão liberados para comprar os papéis da companhia – a abertura de capital em 2021 se deu pela instrução CVM 476, que libera para todo tipo de investidor após 18 meses -, verão um lucro líquido anualizado pouco menor que 2021.

Traduzindo Maurício Puliti, CFO da AgroGalaxy, a Selic venceu. As altas dos juros tiveram impacto sobre o financeiro. A dívida líquida teve alta de 0,7 ponto percentual sobre julho e setembro do ano passado, indo a 2.7 vezes.

Nada que não seja absorvido pelo mercado, acrescenta o executivo.

Expansão

Até porque a expansão da rede entre aquisições e abertura de orgânica de novas frentes é a marca da AgroGalaxy. Nesse ponto, destaca-se cinco novas lojas em Santa Catarina no 3T22 e a implantação do sistema SAP nos pontos de venda de São Paulo, o que, na versão de Puliti, a gestão vai ficando tudo numa mesma plataforma.

Nesse passo, 23 aberturas estão programadas para 2023, pontua a CEO Sheilla Albuquerque, com recursos próprios, e deixam a companhia cada vez mais namorando uma nova chamada de capital.

Sempre esteve no radar uma CVM 400, mas depende dos cenários, adianta ela.

Fica, no entanto, a menção de que para voltar às compras, a AgroGalaxy precisaria de mais recursos de investidores na B3 (B3SA3). Mas, a depender também da maior liquidez que Maurício Puliti acredita que virá a partir de janeiro, nunca se sabe.

“Crescer sempre vamos crescer”, pontua a CEO, quando ela olha para o mercado de insumos, que dobrou em 10 anos e deverá bisar nos próximos 10, em um cenário cada vez mais consolidado entre três quatro players dominando as revendas de Norte a Sul.

Aparentemente, pelo tamanho do mercado, haverá espaço para todos, mas se sobressairão alguns modelos de negócios diferenciados.

No caso da AgroGalaxy, além da prestação de serviço de auxílio ao produtor em gerar maior produtividade, está a meta de encorpar mais especialidades em sua carteira de pedidos.

Fertilizantes e agroquímicos carregam muito volume e margens mais apertadas.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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