AgroGalaxy (AGXY3) firma acordo para a venda de carteira de créditos
A AgroGalaxy (AGXY3), em recuperação judicial, celebrou memorando de entendimentos para a potencial venda de um portfólio de dívidas vencidas e não judicializadas, decorrentes da revenda de insumos agrícolas a seus clientes, conforme comunicado desta terça-feira (21).
Conforme a companhia, a operação envolve um montante total de aproximadamente R$ 760 milhões, no entanto, o preço ainda está sujeito à confirmação por diligência.
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A cessão da carteira de créditos da AgroGalaxy está ainda em fase preliminar e sujeita ao cumprimento de condições precedentes usuais para transações dessa natureza, incluindo a realização de auditoria jurídica, autorização judicial e anuência de terceiros.
“Operações de cessão de crédito são usuais às empresas em processo de recuperação judicial e, nesse sentido, a companhia segue avaliando a venda de outros valores adicionais de sua carteira de recebíveis inadimplidos, bem como outras opções para reforço de sua estrutura de capital, de forma a otimizar a sua recuperação econômica”, diz o comunicado.
Primeiro balanço da AgroGalaxy após recuperação judicial
Na segunda-feira (20), após o fechamento do mercado, a AgroGalaxy divulgou seu balanço referente ao terceiro trimestre de 2024 (3T24) — que teve a publicação adiada –, sendo este o primeiro desde o pedido de recuperação judicial.
A companhia reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 1,578 bilhão no período. No terceiro trimestre de 2023, a Agrogalaxy havia registrado prejuízo líquido ajustado de R$ 88,7 milhões.
Já a receita líquida total da empresa, somados insumos e grãos, teve uma queda de 48,6% em comparação com o 3T23, ficando em R$ 1,218 bilhão. A receita de insumos teve uma queda de 43,8%, para R$ 733,1 milhões, enquanto que a de grãos recuou 54,4%, em R$ 485,7 milhões.
Segundo a companhia, da queda reportada em insumos, a maior parte foi em fertilizantes (-60%), em linha com a estratégia da priorizar produtos com melhores margens.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou negativo em R$ 1,237 bilhão no terceiro trimestre de 2024, ante número positivo de R$ 74,4 milhões no mesmo período em 2023. A margem Ebitda ajustada foi de -101,5% no 3T24.