AgroForum: China soma três variáveis aos frigoríficos brasileiros que nenhum outro país trará
O CEO do Frigol, quarto maior grupo frigorífico de bovinos, não tem dúvida de que a China ainda representa desafios e que o sucesso das empresas brasileiras nesse mercado serve de apoio para a missão que muitos destinam ao Brasil, o de “alimentar o mundo”.
Na sua vez de falar no seminário AgroForum 2022, José Eduardo Miron, lembrou que o país asiático abarca, no comércio de carnes, três variáveis que nenhum outro do mundo oferece: volume, preços e capacidade de utilização de todos os cortes do boi.
Isto posto, possibilita aos fornecedores trabalhar todas as frentes de negócios e, com diferentes apelos, determinarão o atendimento dos outros destinos da carne brasileira, atuais e os mercados que restam abrir.
Com esse tríplice peso determinado, fornecer à China implica em “approach” constante em seguir todas as exigências impostas. “São mais de 100 itens que procuramos seguir à risca”, pontou Miron.
O executivo também se disse surpreso com o amadurecimento da China como consumidora da carne bovina, posto que os grandes volumes que passaram a adquirir levantaram suspeita de que não seriam sustentáveis passado o impacto da peste suína africana sobre o plantel de suínos, a proteína preferida. “Passamos essa fase”, completou.
O representante do Frigol no evento do BTG Pactual, nesta quinta (29), levantou também que a importância do Brasil está espalhada nas mesas do mundo, mas seguirá sendo a Ásia, como um todo, a determinar o ritmo das exportações brasileiras.
Disse ele, por exemplo, que os Estados Unidos, que hoje despontam nas vendas brasileiras, nunca chegarão a ser determinantes em termos de valor porque deverão seguir comprando carne como matéria-prima.
MONEY TIMES NAS ELEIÇÕES 2022!
Assista à série especial com as propostas para a economia dos candidatos à Presidência da República! Siga o Money Times no Facebook!