Banco do Brasil (BBAS3): Exposição ao agronegócio e juros mais altos inspiram cautela com a ação
A queda nas commodities agrícolas e a alta do juros trazem perspectivas mais neutras para o Banco do Brasil (BBAS3) , disse Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research no Giro do Mercado desta quarta-feira (11).
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Em um novo relatório divulgado na semana passada, o Goldman Sachs cortou a recomendação para o BB de Compra para Neutra, com preço-alvo de R$26, o que indica potencial de valorização de 3%.
Para o Goldman Sachs, o corte foi justificado pela deterioração da qualidade dos ativos por conta dos empréstimos no agronegócio e a desaceleração no crescimento do RII (resultado de intermediação financeira).
Quaresma explica que a queda das commodities agrícolas impactaram negativamente os resultados do banco, especialmente pelo aumento da inadimplência no setor agrícola. O Banco do Brasil é o maior credor do agronegócio brasileiro, com 35% de sua carteira de crédito voltada para o setor.
Além disso, a analista enfatiza que a alta dos juros também dificulta o cenário para o agro, já que aumenta os custos financeiros dos produtores. Há também o temor, segundo ela, de que o governo influencia o BB a oferecer juros subsidiados.
A Empiricus retirou o papel de suas recomendações, antes mesmo do rebaixamento dos grandes bancos, preferindo Itaú Unibanco (ITUB4) no setor.