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Agrishow: Bancos acirram disputa pelo agronegócio, em meio a cenário “dúbio”

26 abr 2022, 12:16 - atualizado em 26 abr 2022, 12:16
Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, na abertura da Agrishow 2022
Tudo ou nada: Pedro Guimarães, presidente da Caixa, quer banco em primeiro lugar no setor rural, ou “entregará o crachá” (Imagem: TV Brasil/Reprodução)

Por Bruno Blecher, de Ribeirão Preto*

A acirrada disputa dos bancos pelos produtores rurais na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), começou logo na abertura da feira ontem (25), com um discurso inflamado de Pedro Guimarães, presidente da Caixa.

“Nosso foco agora é o agronegócio”, disse Guimarães. “Há um ano, a Caixa era o oitavo banco do setor rural, hoje somos o segundo. E até dezembro de 2024 seremos o primeiro. Caso contrário, eu entregarei o meu crachá”, prometeu, olhando diretamente para o seu chefe, o presidente Jair Bolsonaro, que participou da inauguração da feira.

Caixa, Bradesco (BBDC4), Sicredi, Santander (SANB11) e Banco do Brasil (BBAS3) dividem espaço na área reservada aos bancos na Agrishow.

Carlos Aguiar, diretor de agronegócio do Santander, diz que a expectativa de negócios do banco para o setor é muito positiva, apesar do cenário dúbio.

“Os preços das commodities são elevados. O setor teve três anos de crescimento e o consumo global de alimentos cresceu durante a pandemia e deve continuar alto. Mas a escassez de insumos e de máquinas preocupa”, diz Aguiar.

“A guerra Rússia-Ucrânia reduziu a disponibilidade de adubos e a falta de componentes está atrasando a entrega de máquinas agrícolas”, diz o diretor do Santander.

Santander disputa clientes na Agrishow

Pelas projeções do banco, a margem dos produtores de grãos hoje está em torno de 25%, quando há dois anos chegou a 50%.

Citando dados da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), Carlos Aguiar apresenta um ranking bem diferente ao do presidente da Caixa sobre os maiores bancos do agro – pela ordem, Banco do Brasil, Sicredi, Bradesco, Santander, Itaú e Caixa.

Segundo ele, o Santander oferece hoje uma linha completa de crédito para os produtores rurais, com taxas que começam em 13% ao ano. Isto sem contar o crédito subsidiado do Plano Safra, ainda não anunciado pelo governo.

O banco vem investindo no atendimento ao setor, com 350 gerentes especializados distribuídos por todos os Estados brasileiros.

Bruno Blecher
(Imagem: Divulgação)

*Bruno Blecher é jornalista especializado em agronegócio e meio ambiente há 34 anos. Atuou como repórter, editor e diretor de veículos e canais como Globo Rural, Canal Rural e Agrofolha.

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